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Sobre desmatamento, Mourão diz que não cometeu crime

Declaração veio após vice-presidente admitir falhas da polícia ambiental. Ele esteve nesta quarta-feira (24) na Câmara

Brasília|Priscila Mendes, do R7, em Brasília

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB)
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB) O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB)

Após admitir ser o culpado pelo fracasso no combate ao desmatamento, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (24) que não vai responder por erros na política ambiental. “Não vou responder por nada porque não cometi nenhum crime.”

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Mourão, que também é coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, participou de debate na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

Atendendo ao requerimento do deputado Aécio Neves (PSDB-MG), o vice-presidente fez uma apresentação sobre o plano estratégico do governo federal e defendeu a ideia de que a Amazônia passa por um processo de “desaceleração do desmatamento”.

“Se não estivéssemos atuando, seria muito pior”, ressaltou. A declaração, no entanto, contraria os dados do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais), que apontaram desmatamento recorde na Amazônia no mês de outubro — o nível mais alto em 15 anos

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Na ocasião, Mourão ainda destacou que é contra o emprego de militares na Região Amazônica, mas que essa foi a solução que “havia para o momento”. "Eu não mando em ninguém; se eu tivesse a condição de dar ordem, teria muito mais flexibilidade e capacidade de cumprir a tarefa que me foi dada", explicou o vice-presidente. 

Diante das críticas dos parlamentares ao trabalho feito, Mourão assumiu o desmantelamento da governança do Fundo Amazônia e reconheceu mais uma vez o fracasso das ações autorizadas por meio da GLO (Garantia da Lei e da Ordem), como a Operação Verde Brasil 2.

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Para o vice-presidente, o problema foi causado pela falta de conversa e integração entre as Forças Armadas e órgãos como Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Funai (Fundação Nacional do Índio) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

“As Forças Armadas estavam atuando, mas muitas vezes não aparecia ninguém para multar, por exemplo. A turma parece que só acordou na Operação Samaúma”, destacou Mourão. A operação citada era composta de militares das Forças Armadas, de policiais civis e militares e de funcionários do ICMBio, que atuaram para conter ações de desmatamento e atividades predatórias na Amazônia Legal.

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Soberania

Na comissão, o vice-presidente ainda chamou atenção para o fato de que a soberania do país tem sido ameaçada por discursos que outros países disseminam sobre a Amazônia no exterior, referindo-se, inclusive, aos debates que aconteceram durante a Conferência do Clima (COP26), em Glasgow, na Escócia.

“Os Estados podem ser soberanos no sentido jurídico, mas os agentes exteriores têm, sim, interferido nas questões internas e limitado a nossa soberania. O Estado brasileiro precisar estar atento para não sofrer severas consequências”, disse.

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