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Brasília STF mantém restrição de repasse de dados à Abin

STF mantém restrição de repasse de dados à Abin

Corte confirmou decisão anterior que veda a requisição de informações pela agência para uso privado ou pessoal

  • Brasília | Renato Souza, do R7, em Brasília

Para os magistrados, Abin não pode usar informações públicas para fins particulares

Para os magistrados, Abin não pode usar informações públicas para fins particulares

ABr

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a restrição do acesso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a dados de outros órgãos do governo. Os magistrados avaliam, no plenário virtual, ação do PSB contra decreto do presidente Jair Bolsonaro que amplia o acessos da agência.

No entanto, para os magistrados, a Abin não pode utilizar informações públicas para fins privados ou pessoais. O caso foi analisado pela Corte em 2020, em caráter liminar, ou seja, provisório. Na época, por 9 votos a 1, o Tribunal entendeu pela restrição. Agora, o plenário toma uma decisão definitiva.

A relatora da ação, ministra Carmen Lúcia, afirmou, em seu voto, que "os órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência somente podem fornecer dados e conhecimentos específicos à Abin quando comprovado o interesse público da medida, afastadaq ualquer possibilidade de o fornecimento desses dados atender a interessespessoais ou privados".

Ela também destacou que o pedido de informações a outros órgãos deve ser fundamentado, afastando o uso para fins pessoais ou privados, e se necessário, ser submetido ao Poder Judiciário. Até o momento, o voto da relatora foi seguido pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Edson Fachin, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.

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