Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

STF publica acórdão que tornou Eduardo Bolsonaro réu por coação; veja os próximos passos

Defesas terão cinco dias para apresentar embargos de declaração, recurso usado para apontar possíveis contradições no acórdão

Brasília|Do Estadão Conteúdo

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • STF torna Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo réus por coação.
  • Defesas têm cinco dias para apresentar embargos de declaração.
  • Eduardo é representado pela Defensoria Pública da União e argumenta que suas ações são parte do debate político.
  • Processo inclui intimações, apresentação de defesa, instrução criminal e julgamento final.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

FILE PHOTO: Interview with Brazil lawmaker about efforts in DC to help his father, ex-president Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro vai responder a ação penal no STF Jessica Koscielniak/Reuters - 14.8.2025

O STF (Supremo Tribunal Federal) publicou nesta segunda-feira (1º) o acórdão que tornou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo réus por coação no curso do processo. O documento consolida o resultado do julgamento da Primeira Turma e reúne a íntegra dos votos dos ministros.

Com a publicação do acórdão, abre-se o prazo de cinco dias para que as defesas apresentem embargos de declaração, recurso usado para apontar possíveis contradições, omissões ou obscuridades no acórdão. Esse tipo de questionamento, porém, não altera o mérito da decisão.


Sem advogado constituído no processo, Eduardo Bolsonaro é representado pela DPU (Defensoria Pública da União). A linha de defesa sustenta que suas manifestações públicas e a campanha conduzida nos Estados Unidos para sancionar autoridades brasileiras estão inseridas no debate político e no exercício do mandato parlamentar.

leia mais

O documento também autoriza o STF a instaurar oficialmente a ação penal, procedimento pelo qual os réus passam a responder formalmente pelo crime imputado.


Na sequência, será feita a intimação para apresentação da defesa prévia. Nessa etapa, os advogados expõem seus argumentos iniciais, indicam testemunhas e listam as provas que pretendem produzir ao longo do processo.

Em seguida, tem início a instrução criminal, fase em que serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa e anexados novos documentos aos autos. Depois disso, os próprios réus serão interrogados.


Concluída a coleta de provas, acusação e defesa apresentam suas alegações finais, e Moraes elabora o voto que servirá de base para o julgamento — momento no qual os ministros decidirão se o parlamentar e o comentarista serão considerados culpados ou inocentes.

No acórdão, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, detalha que a suposta ameaça se materializou na busca por sanções dos Estados Unidos contra ministros do Supremo, incluindo suspensão de vistos, tarifas comerciais e a aplicação da Lei Magnitsky.


Para o relator, as ações atribuídas a Eduardo e Paulo formam um conjunto coordenado de atos “idôneos e eficazes” para intimidar autoridades responsáveis pelo julgamento da tentativa de golpe, configurando, em tese, o crime de coação no curso do processo.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da RECORD, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.