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STF volta a julgar retroatividade da Lei de Improbidade Administrativa pela 3ª vez

Julgamento, que começou no último dia 3, tem dois votos até então, sendo 1 contra, de Moraes, e 1 a favor, de André Mendonça

Brasília|Do R7, em Brasília

Ministros reunidos no plenário do Supremo Tribunal Federal
Ministros reunidos no plenário do Supremo Tribunal Federal

Pela terceira vez, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão retomar, nesta quarta-feira (17), o julgamento sobre mudanças na Lei de Improbidade Administrativa. A discussão central gira em torno da retroatividade, ou seja, se alterações que entraram em vigor no ano passado podem ser aplicadas em questões anteriores.

A apreciação começou no último dia 3, mas foi interrompida por causa de um evento realizado no STF. Retomado no dia seguinte, o julgamento, outra vez não concluído, foi remarcado novamente para o dia 10. Neste novo encontro, os magistrados não discutiram a questão, em função do tempo dedicado à inelegibilidade do ex-senador Ivo Cassol.

Ministro Alexandre de Moraes
Ministro Alexandre de Moraes

O caso está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que votou contra. De acordo com Moraes, que tomou posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral nesta terça-feira (16), a irretroatividade busca preservar atos da Justiça que foram tomados antes da mudança na legislação. O outro voto dado até então é o do ministro André Mendonça, que se posicionou a favor e "empatou" o julgamento.

Se a decisão do relator for seguida pelos demais magistrados da Corte, políticos barrados por processos de improbidade ficarão inelegíveis. A decisão tem repercussão geral, ou seja, vale para todos os tribunais do país e pode beneficiar políticos que aguardam a decisão para se manterem ou não na disputa das eleições deste ano, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia.

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