Em evento com os principais candidatos à Presidência da República e autoridades dos três Poderes, o ministro Alexandre de Moraes tomou posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O magistrado ingressa na cadeira mais importante da Justiça Eleitoral para um mandato de dois anos e, a partir de agora, será o responsável por conduzir a corte na campanha política deste ano. Moraes terá como principal atribuição conduzir as eleições que vão ocorrer em outubro deste ano. O pleito de 2022 é considerado um dos mais complicados da história, devido à forte polarização, a ameaças contra a segurança de candidatos e eleitores e ao risco de ataques cibernéticos antes e durante a votação. Adversários na disputa pela Presidência nas eleições deste ano, o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram da posse. Os dois não se cumprimentaram. Bolsonaro ficou na mesa ao lado de Moraes e Lula sentou-se na primeira fila, com outros ex-presidentes. Na sala em que autoridades foram recebidas antes do início da cerimônia, os grupos de Lula e Bolsonaro ficaram distantes e não se falaram. Os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) também foram à cerimônia. Moraes substitui o ministro Edson Fachin, que foi responsável por atuar na elaboração de resoluções e regras eleitorais até o momento. Relator de inquéritos que investigam milícias digitais e fake news, inclusive com interesses eleitorais, Moraes pretende fazer uma gestão com tolerância zero contra notícias falsas. Moraes convidou todos os ex-presidentes da República para a posse, além do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro. Participaram os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, José Sarney e Michel Temer. Também estiveram na cerimônia 21 governadores. Veja também: Saiba como foi o início da campanha eleitoral dos candidatos à Presidência A cerimônia ocorre na sede do TSE, em Brasília, e tem segurança reforçada. O acesso foi controlado em virtude da quantidade de autoridades presentes no evento e de riscos de segurança devido à proximidade das eleições.
