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Suspeito de matar ex-companheira com chave de fenda vai responder por homicídio qualificado

Deylilane Alves Santos foi atacada por Gedeon da Conceição após deixar o filho na escola, no começo do mês em São Sebastião (DF)

Brasília|Do R7, em Brasília


Deylilane foi morta após deixar o filho na escola
Deylilane foi morta após deixar o filho na escola

A justiça tornou réu nesta segunda-feira (14) Gedeon da Conceição, de 37 anos, suspeito de matar a ex-companheira Deylilane Alves Santos com golpes de chave de fenda após ela deixar o filho na escola, no começo do mês em São Sebastião, no Distrito Federal. Ele deverá responder por homicídio quadruplamente qualificado, por motivo torpe, uso de meio cruel, emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

A ação penal foi ajuizada pela 3ª Promotoria de Justiça Criminal e do Júri de São Sebastião em 9 de agosto. O réu responderá ao processo preso.

No último dia 3 de agosto, Deylilane tinha acabado de deixar o filho na escola, pela manhã, quando foi surpreendida por Gedeon, que a atacou com diversos golpes de chave de fenda na região do tórax. Uma testemunha gritou por socorro e o suspeito tentou fugir, mas foi contido por passantes até a chegada da polícia. A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

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O casal se relacionou por 15 anos e teve um filho. Eles estavam separados desde 2021, mas Gedeon não aceitava o fim do relacionamento e ameaçava a ex-companheira de morte. Ele já era alvo de um mandado de prisão em aberto, por descumprimento de medidas protetivas contra a vítima, e já havia sido preso três vezes por ter descumprido a ordem judicial.


Ao cometer o crime, ele descumpriu novamente a medida protetiva de urgência, o que pode aumentar a pena em caso de condenação.

Deylilane Alves Santos tinha acabado de completar 34 anos no dia 1º de agosto. Ela se tornou a 22ª vítima de feminicídio do ano no DF. Na última sexta-feira (11), foi registrada a 23ª vítima: a policial civil Valderia da Silva Barbosa Peres, que trabalhava na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM II), em Ceilândia. Suspeito do assassinato, o ex-companheiro da vítima Leandro Peres Ferreira foi morto em uma troca de tiros com a Polícia Militar de Goiás na madrugada desta segunda (14).


Recorde de feminicídios

Com 23 feminicídios registrados até o momento, o DF já ultrapassou neste ano o número de casos registrados em todo o ano passado — 16.

Segundo relatório divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do DF, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada nove dias no primeiro semestre de 2023. A maioria dos crimes foi motivado por ciúmes (50%) e a não aceitação do término do relacionamento (35%). 80% das vítimas sofreram violência anterior, e metade delas (50%) haviam registrado ocorrências de violências praticadas pelo mesmo autor.

De janeiro a junho deste ano também foram registradas 38 tentativas de feminicídio. Na última segunda-feira (7), a Lei Maria da Penha, que coíbe e previne a violência doméstica e familiar contra a mulher, completou 17 anos em vigor.

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