Suspeitos de ofender Moraes em Roma pedem novamente acesso às imagens do aeroporto
Discussão ocorreu em 14 de julho do ano passado, quando o ministro esteve na Itália para participar de uma palestra
A defesa dos empresários que hostilizaram o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e familiares dele no aeroporto de Roma, na Itália, pediram novamente à Corte acesso às imagens do circuito do local e alegam que sem isso não podem se defender. Em 16 de julho, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao STF denúncia contra o empresário Roberto Mantovani, a esposa dele, Andreia Munarão, e Alex Zanatta.
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A discussão ocorreu em 14 de julho do ano passado, quando o ministro esteve na Itália para participar de uma palestra no Fórum Internacional de Direito. Os três foram denunciados pelos crimes de calúnia e injúria. O R7 entrou em contato com a defesa dos envolvidos e aguarda manifestação.
Agora, cabe ao relator do caso, ministro Dias Toffoli, analisar a denúncia. Se ele aceita-la, os três viram réus e podem responder a uma ação penal com uma eventual condenação futura. Em junho, a Polícia Federal indiciou os três. Roberto Mantovani pelos crimes de calúnia, injúria e injúria real, ou seja, quando há violência. Isso porque Mantovani deu um tapa no rosto do filho do ministro. Já Andreia Munarão e Alex Zanatta foram indiciados pelos crimes de calúnia e injúria.
No pedido, a defesa dos três afirma que a PGR, antes mesmo de acessar a mídia, ofereceu denúncia contra os três sem que também tivesse tido acesso às imagens.
“Percebe-se, nitidamente, que houve tendenciosa seleção de algumas poucas imagens para se chegar a uma conclusão já de antemão pretendida e que, na visão dos investigados, é absolutamente inconcebível diante da verdadeira dinâmica dos fatos, que fatalmente será revelava com a análise isenta das imagens do aeroporto”, disse a defesa.
Relembre o caso
Alexandre de Moraes estava com a família na Itália, onde deu uma palestra na Universidade de Siena, no Fórum Internacional de Direito. Os brasileiros o encontraram no aeroporto e teriam hostilizado o ministro e sua família com xingamentos e ofensas, no dia 14 de julho de 2023. Um deles teria agredido fisicamente o filho de Moraes, Alexandre Barci. Moraes conduziu o TSE durante as eleições de 2022 e é relator dos inquéritos sobre os ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes.
Os três brasileiros foram abordados pela PF no desembarque no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os suspeitos estão sendo processados pelo ministro. Segundo o Código Penal, os crimes praticados por brasileiros no exterior ficam sujeitos à lei brasileira.
Moraes, a mulher dele e os três filhos do casal depuseram à Polícia Federal no dia 24 de julho. No depoimento, o ministro reafirmou as ofensas que ele e a família supostamente receberam dos suspeitos e teria relatou uma agressão a um dos filhos.