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Taxas dos EUA: Alckmin se reúne com Motta e Alcolumbre, que reforçam defesa da soberania

Vice-presidente destacou que separação dos Poderes é a ‘pedra basilar do Estado de Direito e da democracia’

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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Hugo Motta, Alckmin e Alcolumbre se reuniram na residência oficial do Senado Pedro Gontijo/Senado Federal - 16.7.2025

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reuniram nesta quarta-feira (16) para tratar das tarifas de 50% impostas pelo governo de Donald Trump a produtos brasileiros importados a partir de 1º de agosto.

Os chefes das Casas legislativas reforçaram a defesa da “soberania nacional” durante o encontro. Para Motta, o momento é de “unidade nacional em favor do país”.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com os presidentes da Câmara e do Senado para discutir tarifas dos EUA.
  • Discute-se a defesa da "soberania nacional" em relação a tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros.
  • Hugo Motta destaca a necessidade de unidade nacional para enfrentar a crise.
  • Davi Alcolumbre afirma que o Poder Executivo deve liderar o processo diplomático internacional.

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“Nós estamos aqui prontos para estar na retaguarda do Poder Executivo, para que, nas decisões que exigirem a ação do Parlamento, possamos agir com rapidez e agilidade, para o Brasil sair mais forte dessa crise”, declarou Motta.

Segundo Alcolumbre, o processo deve ser liderado pelo Poder Executivo. “Essa relação diplomática internacional tem que ser feita pelo chefe de governo, pelo chefe de Estado. […] Então, em meu nome e em nome dos senadores e das senadoras, e tenho convicção de que o presidente Hugo Motta também falará sobre isso, o parlamento está integralmente à disposição para a defesa dos interesses do Brasil”, afirmou.


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Já Alckmin agradeceu o apoio do Legislativo e destacou que a separação dos Poderes é a “pedra basilar do Estado de Direito e da democracia”.

“Na questão comercial, entendemos haver um equívoco por parte do governo americano. Eles têm superávit na balança comercial com o Brasil. Dos dez produtos que mais exportam, oito não pagam nenhum imposto, e a tarifa média de importação é de somente 2,7%”, afirmou.


“Portanto, é totalmente inadequado e injusto. Vamos trabalhar juntos para reverter essa situação. Estamos unidos”, completou Geraldo Alckmin.

Tarifaço de Trump

No começo do mês, em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano a partir de 1º de agosto.


A medida, segundo Trump, é uma resposta direta a supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas americanas e à forma como o país tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No texto, Trump afirma que “a forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro é uma vergonha internacional”.

Para o líder norte-americano, o julgamento e as investigações envolvendo o ex-presidente brasileiro configurariam uma “caça às bruxas” que deveria “terminar imediatamente”.

O que diz a Lei da Reciprocidade?

Publicada no Diário Oficial da União em 14 de abril, a Lei n.º 15.122 autoriza o governo brasileiro a reagir, com base legal, a decisões unilaterais de países ou blocos econômicos que afetem a competitividade do Brasil no mercado internacional.

As contramedidas previstas incluem restrições a importações, suspensão de concessões comerciais, de investimentos e até de obrigações relativas à propriedade intelectual.

A legislação determina que qualquer reação deverá ser proporcional ao prejuízo causado e construída com participação do setor privado.

Também prevê a busca por soluções diplomáticas antes da adoção de medidas mais incisivas, numa tentativa de evitar desgastes adicionais à economia nacional.

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