Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Um dia após tarifaço de Trump, Alckmin recebe encarregado de negócios dos EUA

Vice-presidente lidera as negociações do Brasil com norte-americanos; reunião tratou das relações entre os dois países

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Geraldo Alckmin se reuniu com Gabriel Escobar em Brasília após a tarifa de 50% imposta pela administração Trump.
  • A tarifa afeta cerca de 35,9% do mercado exportador brasileiro, mas 700 itens, como aeronaves e suco de laranja, foram excluídos.
  • O Brasil acionou a OMC para contestar a tarifa, alegando violação de compromissos internacionais por parte dos EUA.
  • Alckmin também se encontrou com a Abicalçados, setor gravemente impactado pela nova tarifa dos EUA.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Alckmin também recebeu o setor de calçados nesta quinta José Cruz/Agência Brasil - 06.08.2025

O vice-presidente Geraldo Alckmin recebeu nesta quinta-feira (7) o encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar. O encontro ocorreu um dia após o início do tarifaço de 50% a produtos brasileiros imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

A taxa de 50% atinge cerca de 35,9% do mercado exportador brasileiro, segundo Alckmin. Apesar disso, quase 700 itens foram excluídos da cobrança, como aeronaves civis e suco de laranja.


leia mais

O encontro ocorreu em Brasília (DF), na sede do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), pasta chefiada por Alckmin.

O vice-presidente comanda as negociações brasileiras com os EUA, mas o país ainda não conseguiu avançar em um acordo para amenizar a tarifa de 50%.


Também nesta tarde, Alckmin reuniu-se com a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados). O setor de calçados é um dos mais afetados pela tarifa de Trump.

Recurso na OMC

Enquanto isso, o governo federal acionou a OMC (Organização Mundial do Comércio) contra o tarifaço. O Brasil questiona a medida e diz que “os EUA violam flagrantemente compromissos centrais assumidos por aquele país na OMC, como o princípio da nação mais favorecida e os tetos tarifários negociados no âmbito daquela organização”.


O recurso do Brasil será analisado pelo SSC (Sistema de Solução de Controvérsias), estruturado com base em quatro etapas principais:

  1. Consultas: Quando um país questiona uma medida de outro país, a primeira etapa envolve uma tentativa de solução amigável. O país demandado tem 10 dias para responder ao pedido de consultas, que devem ocorrer em até 30 dias. Se não houver acordo em 60 dias, o caso pode avançar.
  2. Painel: Com a mediação de um painel composto por três especialistas, as partes apresentam seus argumentos por escrito e oralmente. O painel emite um relatório com sua decisão, em geral após cerca de 12 meses, embora casos complexos possam levar anos.
  3. Apelação: Caso uma das partes discorde da decisão do painel, pode recorrer ao Órgão de Apelação, responsável por revisar aspectos jurídicos do relatório. O órgão é composto por sete membros permanentes (três atuam em cada caso), mas está paralisado desde 2019.
  4. Implementação: Se for decidido que uma medida viola as regras da OMC, o país derrotado deve ajustá-la. Caso não o faça, pode haver compensações ou até autorização para retaliação comercial, como a suspensão de concessões.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.