O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, disse ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, durante audiência de delação premiada, que recebia, em 2022, informações sobre o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta sexta-feira (20), Moraes tirou o sigilo dos vídeos dos depoimentos prestados por Cid ao longo do acordo de delação premiada.Segundo Cid, as informações diziam respeito, apenas, ao estado de saúde de Lula. “As informações que nós recebíamos do presidente Lula eram de campanha. Que ele estava muito doente, que não aguentava ficar em pé muito tempo, que ele estava tomando remédio controlado. Então é esse tipo de informação que nós recebíamos do presidente Lula. Mas [informações] dos deslocamentos dele, de segurança dele, nunca me foi demandado do [sobre o] presidente Lula.” O ministro Alexandre de Moraes derrubou, na quarta-feira (19), o sigilo da delação premiada feita em 2024 pelo tenente-coronel Mauro Cid. Na decisão, Moraes também abriu prazo de 15 dias para que os 34 denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentem suas defesas por escrito.Na terça-feira (18), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao STF denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outras 32 pessoas por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.