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‘Golpe da Disneylândia’, diz Eduardo Bolsonaro de suposto plano de anular eleição de 2022

Em viagem aos EUA, deputado falou com exclusividade à RECORD e chama de ‘lamentável’ denúncia feita pela PGR

Brasília|Iasmin Costa, da RECORD, e Carlos Eduardo Bafutto, do R7

Eduardo Bolsonaro
Deputado Eduardo Bolsonaro repudia denúncia da PGR contra o pai dele Bruno Spada/Câmara dos Deputados - 4.2.2025

Em viagem aos EUA nesta quarta-feira (19), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou de “golpe da Disneylândia” o suposto plano de ruptura democrática descrito na denúncia feita na terça-feira (18) pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

“Esse é o golpe da Disneylândia, onde o pretenso ditador estava de férias na Disney enquanto não era mais presidente. [Ele] mandou uma tropa desarmada de senhoras e velhinhos fazer um golpe num domingo de janeiro”, ironizou. “Alexandre Moraes estava em Paris, o Anderson Torres estava nos Estados Unidos, Bolsonaro estava em Orlando [EUA]. Então, onde nenhum tiro foi disparado, dizer que isso aí é golpe, tá de brincadeira com a gente, né?”, acrescentou.

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A denúncia entregue pela PGR ao Supremo Tribunal Federal tem 272 páginas e traz detalhes de como o suposto plano de golpe de Estado foi criado e quem teria participado. O documento tem como base a investigação da Polícia Federal que identificou uma rede de pessoas próximas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro que teriam atuado em diferentes frentes para viabilizar o golpe.

O deputado, filho 03 do ex-presidente, disse à RECORD que está nos Estados Unidos para discutir a “situação do Judiciário brasileiro” com autoridades norte-americanas.


Para ele, o ministro do STF Alexandre de Moraes tem uma briga pessoal com o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Ele está usando os instrumentos de Estado para fazer vingança ou saciar os seus próprios desejos pessoais, o que se enquadra perfeitamente na figura de prevaricação do nosso Código Penal”, opinou o deputado.

Eduardo Bolsonaro criticou também o fato de a delação de Mauro Cid ter sido feita enquanto o tenente-coronel estava preso. “Pegar a delação premiada de uma pessoa presa isso daí, na verdade, é a tortura sofisticada”, disse.


Para que uma delação premiada seja homologada pela Justiça, é necessário que as informações prestadas pelo delator possibilitem a coleta de provas que confirmem as revelações.

Núcleo radical

A delação do tenente coronel Mauro Cid narra que os conselheiros do então presidente após a derrota eleitoral em 2022 se dividiam em “radicais, “conservadores” e moderados”.


No grupo mais agressivo, que defendia a insistência na busca por fraude em urnas eletrônicas e por um golpe de Estado com um braço armado, estariam a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro.

No entanto, nem o deputado e nem a ex-primeira-dama foram denunciados pela PGR.

Além dos familiares do presidente, a ala mais radical tinha ainda o ex-ministro Onyx Lorenzoni, o senador Jorge Seif (PL-SC) o ex-ministro Gilson Machado, o senador Magno Malta (PL-ES) e o general Mário Fernandes. Eles também não estão entre os formalmente denunciados pela PGR.

Nesse grupo, segundo Mauro Cid, havia uma subdivisão com os “menos radicais”. Estes insistiam por tentar encontrar “elemento concreto” de fraude nas urnas eletrônicas. Aí estariam o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli, o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e um “grupo de pessoas que prestavam assessoramento técnico”.

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