Vice-governadora assina ordem de Plano de Transporte Urbano com estratégias de mobilidade
Celina Leão assinou documento nesta terça, expectativa é que em maio do ano que vem plano esteja concluído para avaliação
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
A vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão assinou nesta terça-feira a ordem de início dos trabalhos da atualização do Plano Direto de Transporte Urbano (PDTU). O documento é elaborado para orientar o planejamento de transporte e mobilidade e será atualizado em convênio firmado com o Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina, com custo de R$ 7,8 milhões. Os dados vão realizar projeções e avaliar o cenário do DF e do entorno pelos próximos 15 anos.
A pesquisa envolve avaliar a origem e destino em cerca de 10 mil domicílios, assim como o fluxo e a satisfação no transporte coletivo, a infraestrutura e a circulação viária, considerando a estimativa populacional de 3,1 milhões de habitantes na capital do país.
Veja cronograma:
- Planejamento - maio de 2024
- Levantamento de dados - agosto de 2024
- Diagnóstico - outubro de 2024
- Prognóstico - março de 2025
- Propostas - maio de 2025
- Minuta da lei - junho de 2025
- Relatório final - julho de 2025
Na avaliação do Laboratório de Transporte e Logística, a iniciativa é fundamental porque de 2010 até 2022, a população do DF cresceu 10%, mas, em contrapartida, a automatização da população aumentou 62%, deixando a marca de 1.245.521 veículos em circulação em 2010, para 2.021.627 em 2022.
À imprensa, Celina Leão destacou que não tem como pensar o transporte sem planejamento. “O GDF cumpre hoje o que está previsto inclusive na Lei que define de dez em dezembro anos que o plano precisa ser atualizado. Serão entrevistados mais de 10 mil pessoas, com avaliação de fluxos, veículos e demandas, o que é um passo muito importante para aqueles que acessam o transporte público todos os dias”, disse.
Celina destacou que no processo será fundamental ouvir a população. Por isso estão previstas quatro audiências públicas até junho de 2025. “Eu acho que o usuário tem muito para falar. A gente precisa ouvi-lo, a gente precisa entender aonde que precisamos de melhorar. Esse é um grande passo que a gente dá hoje nesse mapeamento e nessa pesquisa”, disse.
Pensar no futuro
Secretário de transporte e mobilidade, Zeno Gonçalves, ressalta que o estudo já era para estar concluído, mas atrasou devido à pandemia da Covid-19. “A gente precisa pensar o futuro, saber como Brasília anda hoje e como as pessoas se movimentam, porque isso movimenta o transporte. Qualquer intervenção viária, tudo o que a gente for fazer daqui para frente, precisa passar pelo PDTU”, disse.