Vigilante agride paciente em UPA do Distrito Federal, veja vídeo
Agressão foi gravada por outros pacientes que aguardavam atendimento; segundo Iges, paciente estava em crise
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
Um paciente foi agredido na segunda-feira (3) por um vigilante da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Sobradinho II, no Distrito Federal após uma discussão por atendimento. Segundo informações do Iges, o paciente tinha recebido alta, mas voltou a passar mal e retornou à UPA em busca de atendimento. Os pacientes que estavam na unidade no momento da briga, gravaram um vídeo da agressão, enquanto pediam para o vigilante parar (veja abaixo).
As imagens mostram o vigilante agarrando o paciente pela camisa, ainda dentro da unidade de saúde, e tentando fazê-lo sentar em uma cadeira. No entanto, o homem resiste e logo depois recebe um tapa no rosto. O vigilante arrasta o paciente para fora da UPA e prossegue desferindo tapas na vítima. O homem chega a cair no chão, enquanto outros pacientes pedem para o vigilante parar de agredi-lo.
As agressões param apenas quando outros funcionários da unidade se aproximam e separam os dois. Segundo relatos da população, o homem agredido teve que receber pontos no rosto por causa da agressão.
“Conduta inadmissível”
O Iges-DF (Instituto de Gestão Estratégica em Saúde), responsável pela gestão das Upas da capital do país, disse que a vítima era um paciente psiquiátrico em crise e afirmou que a conduta do vigilante é inadmissível.
Segundo o Iges, o caso aconteceu por volta das 19h, quando o paciente voltou para a UPA depois de ter recebido alta às 15h do mesmo dia. O homem alegava tonturas e pedia para ser atendido de novo pelos médicos.
“Orientado a abrir uma nova ficha e aguardar, o paciente se recusou a esperar e invadiu a portaria da UPA, afirmando que não sairia até ser atendido. Diante dessa situação, os vigilantes de plantão, tentaram controlar a situação, pedindo ao paciente que aguardasse seu atendimento. No entanto, a reação mais exacerbada do paciente, resultou na inadmissível conduta do segurança”, afirmou o Instituto.
Na nota, o Iges acrescentou que repudia “veementemente qualquer excesso no uso da força e já solicitou o desligamento imediato do funcionário terceirizado”.
“Esclarecemos que a situação envolveu um paciente psiquiátrico em crise. A Polícia Militar foi acionada e um boletim de ocorrência foi registrado. Estamos colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos e reforçamos nosso compromisso com a humanização e segurança no atendimento em nossas unidades” afirma o instituto.
O R7 entrou em contato com o Sindicato de Vigilantes do Distrito Federal, no entanto, até a publicação desta reportagem, não obteve posicionamento.