O número de seguidores do youtuber Klebim na rede social Instagram aumentou desde que a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação Huracán, que resultou na prisão dele, na manhã desta segunda-feira (21). Com 1,4 milhão de seguidores no começo da manhã, o suspeito de comandar uma associação criminosa interestadual que praticava jogo de azar e lavagem de dinheiro chegou à marca de 1,5 milhão por volta das 14h.
No perfil, o suspeito de construir um império com a venda e divulgação de rifas ilegais divulga carros, mansões e viagens. Numa publicação recente, o youtuber postou uma sequência de quatro fotos em que evidencia carros de luxo e uma mansão com piscina em construção.
Em outra postagem, ele aparece sentado sobre o porta-malas de um carro, e lê-se a mensagem “Primeira C200 com aro 22 no BR [Brasil]”, em referência ao modelo de um veículo Mercedes-Benz, avaliado em torno de R$ 350 mil na linha 2022.
Operação Huracán
Klebim e outras três pessoas foram presas durante a Operação Huracán, da DRF/Corpatri (Divisão de Repressão a Roubos e Furtos, da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais). Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Águas Claras, no Guará e em Samambaia.
Segundo a investigação, o grupo atuava desde 2021 no sorteio de veículos por meio de rifas. As investigações mostram que a associação criminosa fazia a lavagem do dinheiro com empresas de fachada e testas de ferro, ou seja, pessoas que emprestavam o nome ao grupo.
As investigações revelaram também que o grupo era liderado por Klebim. Ele tem quase 4 milhões de seguidores nas redes sociais: 1,4 milhão na página pessoal do Instagram; 1,3 milhão na página da empresa EstiboDub; e 1,27 milhão no canal da empresa no YouTube.
Pelas redes sociais, Klebim promovia rifas de veículos de forma proibida. Os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais, e as rifas eram anunciadas no sítio eletrônico dfrifas.com.br.
"O dinheiro das rifas ilegais era lavado em empresas de fachada e depois utilizado na aquisição de veículos e propriedades de alto luxo. O ajuste criminoso era estável e capitaneado por 'influenciadores digitais', que arrastavam milhares de seguidores com o falso discurso de legalidade das rifas de veículos", detalha Fernando Cocito, diretor da DRF.
O R7 tenta contato com a defesa dos quatro presos na operação. O espaço segue aberto para manifestações.
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