Zanin deixa defesa da coligação de Lula em ações que pedem inelegibilidade de Bolsonaro
O advogado, recém-aprovado pelo Senado, tomará posse no Supremo Tribunal Federal em 3 de agosto
Brasília|Do R7, em Brasília
O advogado Cristiano Zanin, futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deixou a defesa de duas ações da coligação eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que pedem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A mulher dele, Valeska Teixeira Zanin Martins, e os demais advogados envolvidos nos casos continuam na defesa das ações.
Nos processos, a coligação Brasil da Esperança alega que Bolsonaro abusou dos poderes político e econômico e fez mau uso dos meios de comunicação durante a campanha presidencial de 2022.
Os partidos ligados a Lula defendem que o ex-presidente concedeu ilegalmente benefícios sociais para receber votos e produziu conteúdo falso,para atrapalhar a candidatura do petista, com distribuição em massa.
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Os documentos que pedem o afastamento são de 20 de junho, um dia antes da avaliação de Zanin no Senado. Ele foi sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) por mais de oito horas e aprovado pelo plenário, com 58 votos favoráveis e 18 contrários.
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O advogado vai tomar posse no STF em 3 de agosto. A data foi definida na quinta-feira (22), depois de uma reunião entre Zanin e a presidente da Corte, a ministra Rosa Weber.
O jurista foi indicado pelo presidente Lula para ocupar a vaga de Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril, e precisava da aprovação de pelo menos 41 parlamentares.
Durante a sabatina no Senado, Zanin afirmou que atuará com imparcialidade e garantiu que não vai ser subordinado a Lula, a despeito da relação próxima com o chefe do Executivo federal.