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VW Up I-Motion é o 'sem embreagem' mais barato do Brasil

Versão automatizada do compacto 1.0 parte de R$ 30.990

Carros|Rodrigo Ribeiro, do R7

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Visual do Up automatizado é idêntico ao das versões manuais
Visual do Up automatizado é idêntico ao das versões manuais
Atrás, o único diferencial é o logotipo extra no porta-malas
Atrás, o único diferencial é o logotipo extra no porta-malas
O câmbio I-Motion está disponível em seis versões
O câmbio I-Motion está disponível em seis versões
Alavanca é idêntica à usada no Gol I-Motion
Alavanca é idêntica à usada no Gol I-Motion

Três meses após a chegada do Up ao Brasil, a Volkswagen reforçou o catálogo de seu popular. O modelo passa a contar, a partir da próxima semana, com a nova versão duas portas e opção de câmbio I-Motion. A transmissão automatizada de cinco marchas passa a ser oferecida desde o intermediário Move Up e custa a partir de R$ 30.990.

Veja a tabela completa de preços do modelo:


Move 2P I-Motion: R$ 30.990

Move 4P I-Motion: R$ 32.990


High 4P I-Motion: R$ 37.760

Black, White e Red 4P I-Motion: R$ 42.160


Com isso, o Volkswagen Up I-Motion passa a ser o carro que troca marchas sozinho mais barato do Brasil, posto ocupado até então pelo Gol. Vale destacar que a dupla disputa o segmento dos automatizados de uma embreagem, menos suaves. Se considerarmos os de dupla embreagem ou automáticos convencionais, o mais barato é o Kia Picanto, por R$ 44,9 mil.

Pé no chão


A diferença de quase R$ 14 mil entre o automatizado e o automático mais barato do Brasil mostra que tecnologia tem seu preço. A vantagem do Up I-Motion é que, ao contrário de seus pares, ele assume a simplicidade popular: pagar R$ 31 mil em um automatizado é mais aceitável do que mais de R$ 66 mil.

Até mesmo entre os automatizados o Up é mais popular. Enquanto a família Gol e Palio adotam o complexo sistema eletro-hidráulico Free Choice da Magneti Marrelli, o compacto usa um modelo da ZF, cuja automação elétrica é mais simples. Para os já habituados aos automatizados, a principal diferença é a ausência do típico barulho agudo da bomba hidráulica quando a porta do carro é aberta.

Retrocesso

Apresentações feitas, hora de ver como o Up I-Motion se porta na prática. A avaliação do carro se deu em um trecho urbano e rodoviário de 50 km, com duas pessoas a bordo — curiosamente, o percurso foi idêntico ao feito com o novo Fiat Linea, um dos automatizados mais caros do Brasil.

As diferenças do Up I-Motion são escancaradas já na primeira aceleração. Mesmo com o "buraco" entre as primeiras marchas reduzido nessa versão, o câmbio automatizado não consegue eliminar o tradicional solavanco desse tipo de transmissão. Um das "manhas" usadas pelos escolados é retirar um pouco o pé do acelerador antes do câmbio fazer a troca, o que acaba eliminando uma das vantagens de um carro de dois pedais, que é justamente a de só se preocupar em acelerar e frear.

Contudo, após alguns quilômetros de convivência, as deficiências do I-Motion são amenizadas, especialmente com o câmbio no modo de trocas sequenciais, feitas exclusivamente na alavanca — não há modo "Sport" nem opções de borboletas para trocas de marcha. Como ocorre no manual, o Up anda bem no trânsito urbano, mas vai melhor com o motor acima dos 3.000 rpm. Segundo a Volks, o Up automatizado abastecido com etanol faz de 0 a 100 km/h em 12,8 s (contra 12,4 s do manual), mas chega aos 168 km/h de máxima, 3 km/h acima do manual. O motivo é o novo escalonamento de marchas, que alongou a quarta e quinta.

Futuro incerto

Apesar de ser inferior ao câmbio adotado na família Gol I-Motion, o Up automatizado cumpre o papel de oferecer mais conforto àqueles dispostos a pagar por isso — o acréscimo médio de preço em cada versão é de R$ 2,7 mil. O problema do modelo está no futuro, com a chegada do inédito Fiat Uno Dualogic.

O dilema do Up é que, além do Uno adotar o sistema Free Choice, mais suave, ele também terá motor 1.4. A briga será ferrenha, mas já é possível eleger um vencedor. Com cada vez mais opções de carros que trocam a marcha sozinhos, o consumidor de carros populares só tem a ganhar nos próximos anos.

Leia também: Até 2016, quase todos os carros no Brasil terão câmbios automático ou automatizado

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