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Adolescente responderá por ato infracional análogo a homicídio após ataque em escolas no ES

Jovem de 16 anos entrou em duas escolas na manhã de sexta-feira (25) e atirou com a arma do pai. Três morreram e 13 ficaram feridos

Cidades|Do R7

Segundo a polícia, jovem foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo
Segundo a polícia, jovem foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo Segundo a polícia, jovem foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo

A Polícia Civil do Espírito Santo anunciou que o jovem de 16 anos responsável pelo ataque contra duas escolas na cidade de Aracruz, na sexta feira (25), deverá responder por ato infracional correspondente aos crimes de dez tentativas de homicídio qualificada e três homicídios qualificados, todos com o agravante de por motivo fútil e com impossibilidade de defesa da vítima.

De acordo com a polícia, ele foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo, em Cariacica, na Grande Vitória. As armas apreendidas foram encaminhadas para o setor do Departamento de Criminalística, com as munições.

Segundo a investigação da Polícia Civil do Estado, o autor do ataque usou as armas do pai, um policial militar, na ação, que deixou duas professoras e uma aluna de 12 anos mortas. Em entrevista, o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou que a família estava chocada com as atitudes do atirador e colaborou para garantir a apreensão dele depois da chegada da polícia.

"Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores", afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, o coronel Márcio Celante.

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Vítimas seguem em estado grave

A Secretaria da Saúde do Espírito Santo divulgou uma nota oficial sobre o quadro de saúde dos sobreviventes do ataque. Três mulheres, com idades de 52, 45 e 38 anos, passaram por cirurgia e continuam na UTI, em estado grave, no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, no município de Serra, próximo à capital, Vitória.

Uma quarta mulher, de 58 anos, passou por cirurgia no Hospital Estadual de Urgência Emergência da capital do estado e permanece estável.

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Dois adolescentes continuam internados na UTI do Hospital Estadual N.Sra. da Glória, também na capital. Um garoto de 11 anos passou por cirurgia e uma garota de 14 anos segue entubada e em estado grave. O estado de saúde de ambos é grave.

O ataque

Eram cerca de 9h30 quando o atirador chegou à primeira escola, de ensino fundamental. Segundo imagens de câmeras de segurança, ele usava uma roupa camuflada, um capuz e uma máscara de caveira. Armado com uma pistola, ele tinha carregadores de munição e, ao invadir a escola, chegou primeiro à sala dos professores, onde começou a atirar. Duas docentes morreram no local.

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Pouco depois, o atirador entrou em um Renault Duster dourado e foi à segunda escola, particular. No local, ele se dirigiu ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. 

Depois da identificação do proprietário do carro, a polícia seguiu para a casa do adolescente, que confessou o ato à Polícia Civil e entregou todos os itens usados nos ataques, como a roupa camuflada com uma suástica nazista que vestia, além das armas. “Ele tinha uma pistola .40 do Estado, da Polícia Militar, que era do pai, e um revólver .38 particular, além de três carregadores”, disse o governador Renato Casagrande em entrevista sobre o caso.

O adolescente tem 16 anos e estudou até junho deste ano no primeiro colégio invadido, a Escola Estadual Primo Bitti, localizado no bairro Coqueiral e distante cerca de 1 quilômetro do Centro Educacional Praia de Coqueiral, a outra unidade atingida.

Segundo a polícia, ele ainda revelou que planejava o ataque havia dois anos, mas não revelou ter nenhuma motivação específica para a ação.

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