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Ambientes muito quentes contribuíram para morte do cão Joca, analisa veterinária

Pet morreu em 22 de abril, após a empresa Gol mandá-lo para Fortaleza por engano e não para Sinop, no Mato Grosso do Sul

Cidades|Do R7

Joca tinha uma doença cardíaca prévia, apontou relatório da USP Reprodução/Instagram/@jfantazzini

Um laudo divulgado nesta quinta-feira (4), pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, apontou que o cão Joca morreu de um choque cardiogênico, condição na qual o coração perde a capacidade de bombear sangue adequadamente para os tecidos.

Além disso, o relatório identificou que o animal tinha um problema cardíaco conhecido endocardiose moderada, também chamado de doença valvar degenerativa crônica. A enfermidade não tem causa conhecida, e está associado a condições genéticas.

Em entrevista ao R7, a veterinária e professora universitária Mariana Teixeira avalia que o choque cardíaco foi provavelmente causado pelo excesso de calor dos ambientes do avião, e ainda agravado pelo pelas longas horas que ele permaneceu em trânsito.

“Provavelmente ele ficou em local sem controle de temperatura adequada, o que provocou uma hipertermia e, como consequência, uma desidratação. Essa alteração provocou um choque hipovolêmico [perda de grande quantidade de água], uma desidratação e posterior choque cardiogênico”, esclarece a médica.


A profissional ressalta que é difícil determinar o motivo exato da morte, principalmente pelo animal ter um problema cardíaco prévio.

“Possivelmente, pelo baixo volume circulante [sangue e líquidos] faltou oxigênio para o coração e aí ele falhou. Outra possibilidade foi o animal ter descompensado diretamente da endocardiose”, completa Mariana Teixeira.


Falhas e morte trágica

O Golden Retriever, de 4 anos, morreu no dia 22 de abril após companhia aérea Gol mandá-lo para Fortaleza, em vez de Sinop (MT), onde a pet moraria com João Fantazzini Júnior, seu tutor.

O animal viajava com a família, em um voo do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos com destino ao Aeroporto de Sinop, em Mato Grosso. Segundo a Gol, devido a uma falha operacional o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza.


A companhia aérea ainda afirmou que durante o período na capital cearense, uma equipe da empresa desembarcou o cachorro e se encarregou de cuidar dele até o embarque no voo 1527, que voltaria para São Paulo, onde João o esperaria. No entanto, ao chegar novamente em São Paulo, o cão foi encontrado morto dentro da caixa de transporte.

O trajeto original levaria em torno de 2h30 min, mas, com o erro da empresa aérea, Joca ficou em viagem cerca de 8 horas.

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