Brasileiras estão tendo filhos mais tarde; média de idade é de 28,1 anos, indica IBGE
Em 2022, primeira maternidade das mulheres brancas ocorria em média aos 29,6 anos; entre as pretas, média foi de 27 anos
Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

As mulheres brasileiras estão esperando mais para terem filhos. Segundo dados do Censo demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta sexta-feira (27), a idade média para as mulheres se tornarem mães chegou a 28,1 anos em 2022.
O número representa um avanço de quase dois anos em relação a 2000, quando a média era de 26,3 anos. O adiamento da maternidade acompanha tendências observadas em escolaridade, mercado de trabalho e acesso à saúde reprodutiva.
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A pesquisa mostra que mulheres brancas têm filhos mais tarde do que as mulheres negras, pardas e indígenas. Em 2022, a média de idade das brancas na primeira maternidade foi de 29,6 anos, enquanto entre as pretas, a média foi de 27 anos. Entre as indígenas, a média foi ainda menor: 23,9 anos.
A escolaridade também influencia o adiamento da maternidade. Mulheres com ensino superior completo têm, em média, o primeiro filho aos 30,7 anos — sete anos depois das que não completaram o ensino fundamental, cuja média é de 23,6 anos.
A região Sudeste apresentou a maior média de idade das mulheres ao ter filhos, com 28,7 anos em 2022. Na sequência aparecem as regiões Sul (28,7 anos), Centro-Oeste (27,7 anos), Nordeste (27,2 anos) e Norte (27 anos). Todas as regiões registraram aumento da média de idade em relação a 2000.
Entre as mulheres com ensino médio completo, a média de idade na maternidade foi de 25,7 anos. Já as que tinham ensino fundamental completo tiveram filhos, em média, aos 24,3 anos. Quanto menor o nível de escolaridade, menor a média de idade observada.
A diferença entre as mulheres brancas e pretas aumentou ao longo do tempo. Em 2000, as mulheres brancas tinham filhos, em média, aos 27,2 anos, contra 25 anos das mulheres pretas — uma diferença de 2,2 anos. Em 2022, essa diferença subiu para 2,6 anos, com médias de 29,6 e 27 anos, respectivamente.
Entre as indígenas, a média de idade permaneceu a mais baixa ao longo da série histórica. Em 2000, a média era de 22,7 anos, subindo para 23,9 anos em 2022. Entre as mulheres amarelas, a média aumentou de 26,2 para 29 anos no mesmo período.
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