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Caso Kiss: empresários relatam negociações com sócios da boate

Empresários dos setores de bebidas e de publicidade relataram como eram as negociações com os proprietários da Kiss

Cidades|Fabíola Perez, do R7, em Porto Alegre (RS)

Geandro Guedes, em depoimento no julgamento do caso Kiss
Geandro Guedes, em depoimento no julgamento do caso Kiss Geandro Guedes, em depoimento no julgamento do caso Kiss

Na parte da tarde do julgamento do caso da boate Kiss nesta quarta-feira (8), empresários dos setores de bebidas e de publicidade relataram como eram as negociações com os sócios da casa noturna Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann.

O primeiro a ser ouvido foi o fornecedor de bebidas Geandro Kleber de Vargas Guedes. Depois, o júri ouviu o publicitário Fernando Bergoli. Ambos os sócios, segundo Guedes, tinham “uma grande capacidade de gestão”. O empresário disse ainda que Kiko, como Spohr era conhecido, “teve muita capacidade” para gerenciar o estabelecimento.

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Guedes iniciou o depoimento afirmando ter negociado com Elissandro Spohr três vezes para comercializar um produto com o qual trabalhava na casa noturna. “As negociações maiores sempre tratei com o Mauro. Na boate Kiss, eu também desempenhava essa atividade. Tratei três negociações com o Kiko”, disse.

Em relação a Mauro Hoffmann, a testemunha disse ter trabalhado com o réu por cinco ou seis anos. “O que eu pude conviver com essa negociação, posso comprovar que o Mauro, como pessoa jurídica e como empresa geradora de emprego e cumpridora, sempre foi muito correto junto à nossa empresa, por ter o comportamento correto.”

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Segundo ele, assim que Hoffmann entrou na sociedade da Kiss, ele teria enxergado uma abertura para começar a comercializar seus produtos no estabelecimento. “Ele disse que, naquele momento, toda e qualquer gestão era com o Kiko. Eu consegui entrar [nas negociações] com o nosso energético, o Mauro não participou de reunião nenhuma. As negociações foram com o Kiko. O Mauro era uma pessoa com grande conhecimento da noite, mas sempre tivemos ele como um empresário.”

Em relação a Spohr, o empresário disse que, apesar de terem sido poucas as negociações, Kiko teria sido sempre “sincero” e “educado”. “Naquele momento, a Kiss estava tendo uma boa percepção, Absinto e Kiss dividiam os públicos. Tive negociações com o Kiko três vezes, para negociar. Eu entrei com energético, foi o único produto com o qual consegui entrar, com os demais produtos eu não entrei.”

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Guedes referiu-se a Hoffmann como “um profissional que tem capacidade”. “Meu nível de conhecimento é que ele era dono da Absinto. Teve outras casas noturnas em Santa Maria.”

O publicitário Fernando Bergoli, que depôs ao júri na sequência, também disse que mantinha negociações com os dois sócios. “Com o Mauro, tratava da Absinto; com ambos, tratava da Kiss. Ouvíamos no mercado que o Mauro tinha uma participação societária”, disse. “Eram duas casas com destaque no cenário, mas existiam outras.” Bergoli disse que, além de vender anúncios, a empresa RBS fazia eventos associando marcas.

“Minha função era fomentar negócios para a empresa, tendo em vista a boa relação dela com a Absinto. Entendendo esse rumor de que o Mauro seria sócio da Kiss, tentamos fazer a movimentação de aproximação”, disse. Segundo ele, a partir do momento em que soube que Hoffmann teria se tornado sócio da Kiss, ele tentou se aproximar para estabelecer relações comerciais. “Mas tratávamos como duas empresas diferentes.”

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