O depoimento da avó do menino Bernardo, Jussara Uglione, programado para esta quinta-feira (16), foi cancelado por problemas de saúde dela. Segundo informou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Jussara está internada por problemas cardíacos e ficará em observação. Um novo depoimento será agendado, mas ainda não há uma data.
As audiências do caso, que começaram no dia 26 de agosto, seguem sendo públicas e o acesso da imprensa mantido. Todas as 52 testemunhas indicadas pelas defesas dos réus serão chamadas para depor. Ao todo, 77 pessoas foram incluídas como testemunhas.
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Relembre o caso
Bernardo Uglioni Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Seu corpo foi encontrado dez dias depois em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico. O cadáver estava enterrado às margens de um rio. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta Graciele Ugulini, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada.
O pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. A denúncia foi aceita pelo juiz Marcos Agostini em 16 de maio. Os réus estão presos.
A polícia sustenta a tese de que Graciele e Edelvânia mataram o menino usando doses do medicamento Midazolan — a madrasta porque entendia que o menino era um “estorvo” para o relacionamento entre ela e Leandro Boldrini, e Edelvânia em troca de dinheiro, para comprar um apartamento.
Ainda segundo o inquérito, o pai do garoto também teve participação na morte fornecendo o medicamento controlado em uma receita assinada por ele, na cor azul. Já o irmão de Edelvânia se tornou o quarto réu do caso, pela suspeita de ter ajudado a fazer a cova onde o corpo do menino foi enterrado.