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'Depois não adianta chorar’: suspeita de envenenar ex-sogro e mãe dele ameaçava família

Segundo a polícia, Amanda Partata estaria mandando mensagens por meio de perfis falsos em redes sociais desde julho

Cidades|Do R7

Amanda Partata foi presa na noite desta quarta-feira
Amanda Partata foi presa na noite desta quarta-feira

Amanda Partata, de 31 anos, suspeita de ter envenenado o bolo de pote que matou Luzia Tereza Alves e Leonardo Pereira Alves, ameaçava diariamente o ex-namorado e a família dele desde julho, segundo a polícia. Em uma das mensagens, a mulher teria dito: "Depois não adianta chorar em cima do sangue dele".

O delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, relatou que as ameaças começaram em 27 de julho. Desde então, Leonardo Filho tem recebido mensagens por meio de perfis falsos em redes sociais e ligações telefônicas.

Essas ameaças já estavam sendo investigadas pela polícia, que concluiu que elas partiram de perfis falsos criados por Amanda.

A suspeita usava uma tecnologia para mascarar o número original do celular do qual ela ligava e mandava mensagens.


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Segundo o delegado, o número de celular original está registrado no nome do irmão de Amanda. Leonardo Filho chegou a bloquear cem números de telefone.

Além de Leonardo, a família dele também era ameaçada. Segundo Alfama, a boa relação de Amanda com a família era falsa. A suspeita se negou a passar a senha do celular, que será periciado.

Caso

Luzia e Leonardo tiveram dores abdominais e vômito
Luzia e Leonardo tiveram dores abdominais e vômito

Mãe e filho passaram mal e morreram depois de comerem um bolo de pote de uma loja de doces, em Goiânia, no último domingo (17). Luzia Tereza Alves, de 86 anos, e Leonardo Pereira Alves, de 58, vomitaram e tiveram dores abdominais e diarreia três horas depois do consumo da sobremesa, dada pela ex-nora de Alves.

Amanda, que estava hospedada em um hotel em Goiânia, foi a uma padaria comprar os alimentos que levou para o café. Ela então voltou para o hotel e depois foi à casa da família do ex, por volta das 10h do domingo, onde ficou até as 13h.

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Na mesa estavam Amanda, Leonardo Alves, a mãe dele, Luzia Tereza Alves, e o pai dele, que a polícia identificou como João. O idoso ainda não deu depoimento, mas a polícia foi informada de que ele não consumiu nada no café. Antes mesmo de Amanda ir embora, o ex-sogro começou a passar mal.

Amanda voltou para Itumbiara, cidade de Goiás onda mora, logo que saiu da casa do antigo namorado.

No caminho, recebeu uma mensagem do ex-sogro, na qual ele a orientava a buscar atendimento médico porque ele suspeitava que a comida estivesse estragada.

A primeira hipótese da família foi intoxicação alimentar. A polícia logo descartou essa possibilidade, porque, segundo o delegado, a intoxicação ou infecção alimentar ocorre de forma diferente em cada pessoa — e as vítimas tiveram a mesma evolução. Além disso, o período entre o consumo do alimento e a morte seria mais longo.

Leonardo começou a passar mal por volta das 13h e morreu à noite.

Já a mãe dele chegou a ser internada na UTI e morreu de madrugada. Amanda só foi ao hospital à meia-noite, após saber da morte do ex-sogro.

Os exames para comprovar a presença de veneno nos produtos consumidos no café e a necropsia dos corpos continuam em andamento.

Amanda foi presa em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, na noite desta quarta-feira (20).

Segundo o delegado, ela teria sido internada pela família por volta do meio-dia desta quarta, após ter tentado se matar com medicamentos e acetona.

O delegado investiga supostos outros crimes praticados por Amanda em Itumbiara e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Agora ela é investigada por duplo homicídio qualificado.

Suspeita diz que 'amava a família' e nega crime

Ao ser presa, a advogada, que se apresenta nas redes sociais como psicóloga e terapeuta cognitiva, afirmou não ter "feito isso" e que "amava a família". Segundo a polícia, ela chegou a mostrar exames de gravidez à família do ex-namorado, mas ela não está grávida.

Ainda na noite de quarta, o advogado da suspeita, Carlos Marcio Macedo, negou, em entrevista à imprensa, a participação da cliente nas mortes. Ele disse ainda que Amanda estava internada em um hospital na hora da prisão.

Procurada novamente, a defesa de Amanda disse que só vai se manifestar após a audiência de custódia, prevista para a tarde desta quinta (21).

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