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Em 10º dia de ataques, bombas explodem em viaduto de Fortaleza

Explosão ocorreu na base de sustentação da estrutura, mas, segundo a Prefeitura, não comprometeu o viaduto localizado no bairro de Messejana

Cidades|Fabíola Perez, do R7

Helicóptero sobrevoa viaduto na BR 020 atingido por bomba na quinta-feira (10)
Helicóptero sobrevoa viaduto na BR 020 atingido por bomba na quinta-feira (10)

Embora tenha perdido força, a onda de violência que assola o Ceará continua causando medo e prejuízos. Na noite da quinta-feira (10), por volta das 21h, homens detonaram explosivos embaixo de um viaduto na rodovia CE-040, no bairro de Messejana, em Fortaleza, no Ceará.

Na madrugada desta sexta-feira (11), uma nova transferência de presos membros de organizações criminosas para presídios federais ocorreu no estado. A Sejus (Secretaria da Cidadania e Justiça), afirmou, no entanto, que não divulgará o número de transferência "por questões de segurança".

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De acordo com a prefeitura, apesar de a explosão ter ocorrido na base de sustentação da estrutura, não ocorreram danos significativos. No local, não há intensa circulação de pedestres. A bomba marca o 10º dia de ataques a prédios públicos, como a Câmara dos Vereadores, uma rádio, ônibus incendiados, postos de saúde e prejuízos a equipamentos rurais, como máquinas de irrigação.


A SSPDS (Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social) informou que, até a tarde da quinta-feira (10), 287 suspeitos foram presos ou apreendidos por participação nos atos criminosos registrados nos últimos dias no Estado. Na sexta-feira (4), chegaram ao território cearense 300 homens das Forças Armadas e 100 policiais militares da Bahia, além de equipes de outros estados para reforlar a segurança

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Onda de violência

Os episódios de violência fizeram as administrações estadual e municipal a se reunir para traçar um planejamento para garantir o funcionamento dos serviços públicos à população em meio à crise. 


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Os ataques a ônibus e a prédios públicos tiveram início após a declaração do novo secretário de Administração Penitenciária do Estado, Luís Mauro Albuquerque, que não reconhece facções criminosas no Ceará. Ele confirmou que a divisão de presos por unidades não irá mais obedecer a distribuição por vínculos com organizações criminosas.

O governador Camilo Santana, que assumiu na terça-feira (1°) o segundo mandato para o qual foi reeleito em outubro de 2018, havia dito em janeiro do ano passado que, das 441 mortes registradas nos primeiros 29 dias de 2018, 84% eram vinculadas às facções criminosas. O principal grupo criminoso do Ceará é o GDE (Guardiões do Estado) que atua junto ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Além desses, há grupos da facção CV (Comando Vermelho) no estado.

A crise na segurança pública também teria sido motivada apreeensão de 400 celulares em presídios do estado. Os aparelhos teriam facilitado as ordens para rebeliões. Desde a quarta-feira (2), foram registrados cerca de 100 ataques em todo o Estado. Em represália, as autoridades responsáveis cancelaram visitas nos presídios e retiraram televisões.

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