Levantamento mostra que Macapá é a ‘pior’ capital do país; Curitiba é a ‘melhor’
Pesquisa analisou oferta de serviços como saúde, educação e saneamento básico nas 100 cidades mais populosas do Brasil
Cidades|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
Macapá (AP) é a “pior” capital do país, e Curitiba (PR), a “melhor”, segundo o levantamento Desafios da Gestão Municipal 2024, que analisou o desempenho das 100 cidades mais populosas do país (com mais de 273,5 mil habitantes) na oferta de serviços públicos essenciais.
Leia mais
A pesquisa examinou indicadores de aspectos que afetam a qualidade de vida da população, relacionados à oferta de serviços como saúde, educação e saneamento. Cada cidade recebeu uma nota entre zero e um. Quanto mais perto de um, melhor o resultado do município.
A capital amapaense pontuou 0,403 no ranking (a menor nota entre as 100 cidades analisadas), contra 0,718 de Curitiba. Além da capital paranaense, o top 5 é composto por Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Vitória (ES) e Florianópolis (SC). O estudo considerou os 26 estados do país — a única capital que ficou de fora foi Brasília.
O R7 entrou em contato com a Prefeitura de Macapá, mas não recebeu retorno até a última atualização do texto. O espaço segue aberto para manifestações.
Para avaliar as cidades, o estudo analisou 15 critérios:
- Taxa de matrículas em creche
- Taxa de matrículas em pré-escola
- Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) ensino fundamental 1 - rede pública
- Ideb ensino fundamental 2 - rede pública
- Mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis
- Nascidos vivos com pré-natal adequado
- Mortalidade infantil
- Cobertura da atenção básica de saúde
- Taxa de homicídios
- Taxa de óbitos no trânsito
- Esgoto tratado
- Perdas na distribuição de água
- Atendimento de água
- Coleta de lixo
- Atendimento de esgoto
Segundo os autores do levantamento, a ideia foi “provocar reflexões por parte dos atores públicos e da sociedade que levem a uma maior efetividade das gestão pública, a partir do uso de dados e evidências, seleção de prioridades e identificação de boas práticas que potencializem a ação dos municípios frente aos desafios atuais e futuros".
“Os prefeitos que assumirão em janeiro têm desafios já conhecidos em áreas essenciais ao desenvolvimento, como educação e saúde, e outros desafios que estão emergindo. Os serviços prestados à população ainda estão longe dos padrões satisfatórios e dos níveis dos países desenvolvidos", dizem os responsáveis pela pesquisa.
Locais analisados
O estudo levou em consideração os 26 estados do país — a única unidade federativa que ficou de fora foi o Distrito Federal.
Dos municípios avaliados, 51 são da região Sudeste: 30 em São Paulo; nove, no Rio de Janeiro; oito, em Minas Gerais; e quatro, no Espírito Santo.
Depois do Sudeste, o Nordeste é a região com mais cidades no levantamento, com 20. O Sul tem 14, e o Norte, nove. Das cidades analisadas pelo estudo, seis estão no Centro-Oeste.
Veja o ranking das capitais
- Curitiba (PR): 0,718
- Belo Horizonte (MG): 0,696
- São Paulo (SP): 0,695
- Vitória (ES): 0,683
- Florianópolis (SC): 0,682
- Goiânia (GO): 0,663
- Palmas (TO): 0,662
- Rio de Janeiro (RJ): 0,645
- Campo Grande (MS): 0,630
- Porto Alegre (RS): 0,628
- Fortaleza (CE): 0,606
- Cuiabá (MT): 0,596
- Boa Vista (RR): 0,582
- Recife (PE): 0,579
- João Pessoa (PB): 0,577
- Natal (RN): 0,562
- Teresina (PI): 0,561
- Aracaju (SE): 0,560
- Salvador (BA): 0,545
- São Luís (MA): 0,530
- Manaus (AM): 0,518
- Rio Branco (AC): 0,497
- Belém (PA): 0,493
- Maceió (AL): 0,489
- Porto Velho (RO): 0,464
- Macapá (AP): 0,403
Veja o resultado completo
- Maringá (PR): 0,765
- Franca (SP): 0,722
- Jundiaí (SP): 0,721
- Uberlândia (MG): 0,720
- Curitiba (PR): 0,718
- Cascavel (PR): 0,714
- São José dos Campos (SP): 0,713
- Piracicaba (SP): 0,710
- São José do Rio Preto (SP): 0,706
- Barueri (SP): 0,700
- Santos (SP): 0,697
- Belo Horizonte (MG): 0,696
- Ribeirão Preto (SP): 0,695
- São Paulo (SP): 0,695
- Sorocaba (SP): 0,694
- São Bernardo do Campo (SP): 0,692
- Campinas (SP): 0,687
- Londrina (PR): 0,686
- São José dos Pinhais (PR): 0,685
- Vitória (ES): 0,683
- Florianópolis (SC): 0,682
- Joinville (SC): 0,681
- Santo André (SP): 0,680
- Taubaté (SP): 0,672
- Limeira (SP): 0,671
- Blumenau (SC): 0,671
- Goiânia (GO): 0,663
- Palmas (TO): 0,662
- Montes Claros (MG): 0,662
- Diadema (SP): 0,658
- Sumaré (SP): 0,653
- Praia Grande (SP): 0,652
- Suzano (SP): 0,652
- Contagem (MG): 0,646
- Mauá (SP): 0,646
- Rio de Janeiro (RJ): 0,645
- Foz do Iguaçu (PR): 0,645
- Ponta Grossa (PR): 0,645
- Uberaba (MG): 0,644
- Caxias do Sul (RS): 0,644
- Taboão da Serra (SP): 0,640
- Bauru (SP): 0,638
- Mogi das Cruzes (SP): 0,637
- Niterói (RJ): 0,636
- Betim (MG): 0,631
- Vila Velha (ES): 0,630
- Campo Grande (MS): 0,630
- Porto Alegre (RS): 0,628
- Petrolina (PE): 0,622
- Petrópolis (RJ): 0,620
- Fortaleza (CE): 0,606
- Osasco (SP): 0,605
- Campina Grande (PB): 0,603
- Serra (ES): 0,603
- Ribeirão das Neves (MG): 0,600
- Cuiabá (MT): 0,596
- Guarulhos (SP): 0,593
- Juiz de Fora (MG): 0,589
- Anápolis (GO): 0,585
- São Vicente (SP): 0,583
- Boa Vista (RR): 0,582
- Caucaia (CE): 0,581
- Cotia (SP): 0,581
- Recife (PE): 0,579
- João Pessoa (PB): 0,577
- Itaquaquecetuba (SP): 0,577
- Vitória da Conquista (BA): 0,576
- Pelotas (RS): 0,575
- Caruaru (PE): 0,573
- Canoas (RS): 0,570
- Guarujá (SP): 0,568
- Carapicuíba (SP): 0,563
- Natal (RN): 0,562
- Teresina (PI): 0,561
- Aracaju (SE): 0,560
- Aparecida de Goiânia (GO): 0,553
- Juazeiro do Norte (CE): 0,552
- Salvador (BA): 0,545
- Cariacica (ES): 0,541
- Paulista (PE): 0,536
- São Luís (MA): 0,530
- Campos dos Goytacazes (RJ): 0,527
- Olinda (PE): 0,526
- Várzea Grande (MT): 0,521
- Manaus (AM): 0,518
- Camaçari (BA): 0,511
- Feira de Santana (BA): 0,504
- Ananindeua (PA): 0,498
- Rio Branco (AC): 0,497
- Jaboatão dos Guararapes (PE): 0,494
- Belém (PA): 0,493
- São Gonçalo (RJ): 0,492
- Maceió (AL): 0,489
- Santarém (PA): 0,487
- São João de Meriti (RJ): 0,486
- Nova Iguaçu (RJ): 0,468
- Porto Velho (RO): 0,464
- Belford Roxo (RJ): 0,456
- Duque de Caxias (RJ): 0,416
- Macapá (AP): 0,403