Nível do Rio Madeira começa a baixar em Rondônia
Cerca de 30 mil pessoas foram afetadas pelas inundações em todo o Estado
Cidades|Da Agência Brasil
Há mais de dois meses convivendo com as consequências da cheia do Rio Madeira, a população de Rondônia se prepara para contar prejuízos e voltar à rotina. O nível do rio recuou 34 cm e registra hoje 19,36 m. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), a máxima alcançada foi 19,7 m.
O tenente-coronel Demargli da Costa Farias, da Defesa Civil, prevê que alguns repiques poderão acontecer, mas isso é comum, e não há impacto. O fenômeno do repique é uma cheia repentina, que eleva e também baixa rapidamente o nível da água.
Cerca de 30 mil pessoas foram afetadas pelas inundações em Rondônia, 6.032 famílias em todo Estado, a maioria na capital Porto Velho. Foram atingidos também os moradores de Nova Mamoré, Guajará-Mirim, Costa Marques, Cacoal, Candeias, Jaru, Ji-Paraná e Pimenta Bueno.
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Coronel Farias informa que um abrigo único foi preparado para acomodar as 1.646 famílias desabrigadas em Porto Velho. Elas estavam alojadas em escolas, igrejas e outros abrigos emergenciais.
Foram montadas 200 barracas, que acomodam até dez pessoas cada. O local é equipado com academia, lavanderia, banheiros químicos, espaço para banho e atividades lúdicas para as crianças.
Com a baixa do nível do Rio Madeira, a situação da rodovia BR-364 também começa a ser normalizada. A rodovia é a única ligação de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, cidades rondonienses na fronteira com a Bolívia, e do Estado do Acre com o restante do País.
Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e da Polícia Rodoviária Federal estão fazendo um diagnóstico sobre a situação da rodovia nos pontos inundados. Caminhões com eixo mais altos conseguem trafegar, entretanto, por precaução, balsas são utilizadas para a travessia.