Polícia Federal reduz ações de resgate e foca em policiamento ostensivo e segurança pública no Rio Grande do Sul
Em comunicado, a PF justifica a decisão pela ‘redução do número de pessoas que solicitaram remoção de suas casas nos últimos dias’
Cidades|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília
A Polícia Federal vai encerrar nesta sexta-feira (10) as buscas ativas e resgate às pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. De acordo com a corporação, as ações de resgate passarão a ocorrer pontualmente, conforme pedidos que chegarem. Em comunicado divulgado à imprensa, a PF justifica a decisão com a “redução do número de pessoas que solicitaram remoção de suas residências nos últimos dias”.
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Na sexta-feira, ainda haverá esforço operacional da PF para convencer as pessoas que estão em situação de risco a deixarem suas residências. A partir de sábado, a Polícia Federal empregará a totalidade de suas equipes para ações de policiamento ostensivo.
Ainda segundo a corporação, na região de Porto Alegre, atuam 370 policiais federais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Brasília, operadores do Comando de Operações Táticas, Grupo de Pronta Intervenção, Núcleo de Polícia Marítima e do Comando de Aviação Operacional.
Canal exclusivo no ‘Disque 100′ ajuda na localização de pessoas
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania criou um canal no ‘Disque 100′ exclusivo para os moradores atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Desde terça-feira (7), moradores e autoridades locais podem informar sobre pessoas desaparecidas, incluindo crianças e adolescentes, além de solicitar resgate imediato para si mesmo ou terceiros. Segundo a pasta, o objetivo é “superar violações de direitos durante a catástrofe socioambiental que assola o estado”.
Na primeira opção, a gravação eletrônica disponibiliza espaço para recebimento de informações sobre crianças e adolescentes desaparecidas ou desacompanhadas de pais/responsáveis, em articulação com o Tribunal de Justiça do RS e Conselhos Tutelares. Na opção 2, a sociedade pode relatar sobre o desaparecimento de pessoas em geral.
Veja numeração de todos os canais
- Disque 100 + opção 1 - informações sobre crianças e adolescentes desaparecidas ou desacompanhadas de pais/responsáveis
- Disque 100 + opção 2 - relatar sobre o desaparecimento de pessoas em geral
- Disque 100 + opção 3 - solicitar resgate imediato ou apresentar informações para resgate de pessoas conhecidas
- Disque 100 + opção 4 - pedir ajuda aos municípios atingidos
- Disque 100 + opção 5 - se voluntariar a trabalhar na região ou oferecer doações
Inmet alerta que chuva forte vai voltar a atingir o RS
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) alertou que o Rio Grande do Sul voltará a ser atingido por chuvas fortes nesta sexta-feira (10). De acordo com o instituto, entre os dias 10, 11 e 12 de maio, a chuva com maior intensidade será entre o centro-norte e o leste gaúcho, incluindo o litoral norte do estado e o sul de Santa Catarina, com volumes que podem passar dos 100 milímetros. Ainda segundo a previsão, os ventos mudarão de direção e soprarão predominantemente do sul.
De acordo com as previsões, as fortes chuvas previstas no estado a partir da madrugada desta sexta devem se estender também para o Paraná e Santa Catarina. Há, ainda, a possibilidade de chuvas isoladas chegarem ao litoral sul de São Paulo. O alerta afirma ainda que o nível do Guaíba pode subir, ao longo dos próximos dias, pois a volta da chuva para as regiões metropolitana e norte do Rio Grande do Sul pode aumentar o volume de água que chega o rio.
Municípios afetados por chuvas no RS sobem para 428
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou na tarde dessa quinta-feira (9) que o número de municípios afetados pelas chuvas que atingiram o estado subiu para 428. Leite afirmou também que as autoridades visam a dignidade, a proteção e o cuidado com cada uma das 67.563 mil pessoas que estão vivendo em abrigos.
Além disso, são 165.112 desalojados, um total de 232.675 pessoas fora de suas casas. A longo prazo, a pretensão do governador é definir áreas em segurança para as construções padrão de casas para pessoas vítimas da catástrofe.