São Paulo Policiais apreendem bermudas em SP por apologia ao crime

Policiais apreendem bermudas em SP por apologia ao crime

Estampas tinham imagens de policiais militares presos em pilhas de pneus. Três foram levados à delegacia para esclarecer o caso

  • São Paulo | Beatriz Leite*, da Agência Record

Homem vendia bermudas em estação de trem em Itapevi, na Grande São Paulo

Homem vendia bermudas em estação de trem em Itapevi, na Grande São Paulo

Reprodução/ Agência Record

Policiais militares apreenderam no fim da tarde desta segunda-feira (4), bermudas com imagens que faziam alusão ao homicídio de PMs em Itapevi, na Região Metropolitana de São Paulo, sob justificativa de que as imagens faziam apologia ao crime. 

A equipe realizava patrulhamento na estação Itapevi, da linha 8 - Diamante da CPTM, quando observaram um homem com uma sacola na mão, que ficou nervoso com a presença dos agentes. Os policiais então o abordaram. 

Questionado sobre o tipo de mercadoria que havia dentro da sacola, o suspeito respondeu que seria uma bermuda que comprou em uma galeria da cidade. Quando os PMs pediram para ver o conteúdo da sacola, o homem largou o objeto e saiu correndo. Os policiais não conseguiram alcançá-lo.

Dentro da sacola havia uma bermuda com a estampa de um desenho de um policial militar dentro de uma pilha de pneus. A imagem faz alusão a uma prática de assassinato usada por facções criminosas, chamada de "microondas", onde o indivíduo é colocado dentro dos pneus e é queimado. Além disso, havia o desenho de um criminoso armado ao lado do policial.

 Os PMs descobriram onde seria a galeria em que a bermuda foi comprada e foram até o local. O responsável pela loja era um adolescente de 16 anos que informou que a dona não estava no estabelecimento. Posteriormente, a dona disse aos policiais que havia comprado a bermuda na feira da madrugada, no Brás, na região central de São Paulo.

As autoridades entraram em contato também com a  responsável pela galeria, Susan Michelle da Silva Vaz, que alegou não saber que aquele tipo de produto estava sendo vendido na galeria. Além disso, o estabelecimento não possuía alvará de funcionamento.

A dona da loja, o menor de idade e seu responsável foram conduzidos à Delegacia de Itapevi, onde foi elaborado um termo circunstanciado por apologia ao crime. 

*Estagiária da Agência Record, sob supervisão de Mariana Rosetti

Últimas