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STJ manda soltar quatro policiais de SP envolvidos em tiroteio em MG

Policiais de São Paulo e Minas trocaram tiros em Juiz de Fora na sexta-feira (19) após suposta transação financeira ilegal, confronto deixou dois mortos

Cidades|Do R7

Policiais de MG e de SP se envolveram em tiroteio
Policiais de MG e de SP se envolveram em tiroteio

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), concedeu um habeas corpus e mandou soltar o delegado Bruno Martins Magalhães Alves, da Polícia Civil de São Paulo, envolvido no tiroteio com policiais de Juiz de Fora, em Minas Gerais, em outubroque culminou na morte de um policia civil mineiro, um empresário e deixou outras duas pessoas feridas.

Leia mais: Não entendeu? R7 desenhou: o caso do tiroteio entre policias em MG

A decisão do ministro do STJ é extensiva aos outros três policiais civis de São Paulo que também participaram da operação em Minas Gerais.Com a decisão liminar, os investigadores Caio Augusto Freitas Ferreira de Lira e Jorge Alexandre Barbosa de Miranda e o delegado Rodrigo Castro Salgado da Costa também serão beneficiados e deixarão o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG). Todos vão responder ao processo em liberdade.

A decisão teve como base o pedido de revogação impetrado pelo advogado Leonardo Pantaleão, da Pantaleão Sociedade de Advogados responsável pela defesa dos delegados Bruno Martins Magalhães Alves e Rodrigo Castro Salgado da Costa. O advogado sustentou a "ilegalidade da prisão".


Parte do dinheiro apreendido era falso
Parte do dinheiro apreendido era falso

O ministro do STJ, ao concordar com os argumentos da defesa dos delegados da Polícia Civil de São Paulo, estendeu o efeito a todos os demais policiais paulistas presos.

A troca de tiros ocorreu no dia 20 de outubro no estacionamento de um condomínio de consultórios médicos ligados a um hospital na cidade de Juiz de Fora (MG). Segundo a Polícia Civil mineira, os policiais davam cobertura a uma transação possivelmente ilegal entre dois empresários. A negociação deu errado quando se descobriu que parte das notas de real que seriam trocadas por dólar eram falsas.


Conforme a Polícia Civil de Juiz de Fora, os policiais de São Paulo estavam fazendo abordagens de armas em punho, quando dois agentes mineiros teriam se identificado como policiais e tentado rendê-los. Outros policiais paulistas que estavam dando apoio teriam iniciado o tiroteio. A troca de tiros só parou quando viaturas das polícias Civil e Militar cercaram a área.

Outro lado

O criminalista Leonardo Pantaleão, que defende os delegados Bruno Martins Magalhães Akves e Rodrigo Castro Salgado da Costa, declarou que a decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça é de, "grande relevância, pois restabelece o equilíbrio processual necessário, capaz de facilitar condições para, durante o tramitar do curso da instrução processual, viabilizar o enfrentamento puramente técnico das respectivas inculpações, o que, indubitavelmente, restaria comprometido com a perpetuação de um encarceramento prematuro, potencialmente violador do principio da não culpabilidade'.

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