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Vítimas da tragédia em Brumadinho autorizam repasse de R$ 2,2 milhões ao RS

Recursos são de fundo criado para indenizar famílias afetadas por rompimento da barragem, que deixou 272 mortos

Cidades|Da Agência Brasil

Informação foi confirmada por um post nas redes Jürgen Mayrhofer/Governo do Rio Grande do Sul

Parte dos recursos pagos pela mineradora Vale a título de indenização pelo dano moral coletivo gerado na tragédia em Brumadinho (MG) será destinado ao Rio Grande do Sul. As vítimas do rompimento da barragem, ocorrido em janeiro de 2019, aprovaram a ajuda ao estado, que lida com inundações recordes decorrente de um grande volume de chuvas. Já foram confirmadas 147 mortes nas cidades gaúchas. Ao todo, serão enviados R$ 2,2 milhões às famílias gaúchas. A decisão foi anunciada nessa segunda-feira (13) nas redes sociais da Avabrum (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão).

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Os recursos são provenientes de fundo criado a partir de um acordo para indenizar parentes dos trabalhadores mortos na tragédia em Brumadinho. Foram perdidas 272 vidas, incluindo os bebês de duas mulheres que estavam grávidas. A maioria das vítimas era de empregados da Vale ou de empresas que prestavam serviço à mineradora.

Do total, R$ 2 milhões serão repartidos entre o governo gaúcho e o Fundo de Reconstituição de Bens Lesados, sob gestão do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Os R$ 200 mil restantes serão doados para a Associação dos Familiares e Sobreviventes da Boate Kiss em Santa Maria, entidade que também está arrecadando fundos para ajudar as vítimas do desastre climático.

O acordo que incluiu a criação do fundo para as vítimas de Brumadinho também definiu os valores para as indenizações individuais aos pais, cônjuges ou companheiros e filhos dos mortos. Com isso, foi encerrada uma ação movida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) logo após a tragédia.


Para o fundo, a Vale precisou destinar R$ 400 milhões. A movimentação do dinheiro depende de aval de um conselho gestor, composto por representantes da Avabrum, do MPT, do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais e da Defensoria Pública da União.

Boa parte do valor teve destinação para projetos de preservação da vida, nas áreas de saúde e de segurança alimentar. Os recursos já beneficiaram, por exemplo, hospitais, casas de saúde e instituições de pesquisa com a realização de reformas, financiamento de estudos, ampliação de leitos e aquisição de equipamentos. Também já foram liberados montantes para ações de qualificação de trabalhadores e geração de emprego e renda; proteção de indígenas, idosos e crianças; educação e preservação da memória.

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