13º salário: já sabe o que fazer com o dinheiro da primeira parcela?
Empresas devem depositar parte do abono salarial até o dia 30 de novembro. Especialistas dão dicas sobre como utilizar melhor a grana
Economia|Márcia Rodrigues, do R7

O 13º salário cairá na conta dos trabalhadores que atuam no regime CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) na próxima segunda-feira (30). A prioridade da maioria dos brasileiros, de acordo com os especialistas, será pagar dívidas.
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Com a pandemia do novo coronavírus o 13º terá um papel diferente para muitos brasileiros este ano.
“O governo já sinalizou que até mesmo os trabalhadores que tiveram redução salarial, receberão o abono salarial de forma integral. Porém, muitas pessoas tiveram pausa no contrato de trabalho e não receberão o valor integral”, pontua Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
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Outra questão levantada por Oliveira é que as pessoas se endividaram muito por conta da queda da renda. Com isso, o pagamento de dívidas será prioridade nesse momento.
Para ele, o 13º deve ser dividido em três partes:
• Pagar dívida (principalmente as com juros altos, como cheque especial e cartão de crédito);
• Criar uma reserva para as despesas de começo de ano (IPTU, IPVA, matrícula e uniforme escolar, entre outros); e
• Comprar as lembrancinhas de Natal.
“Este ano%2C mais do que nunca%2C será o ano das lembrancinhas. A maioria não deve comprar presentes caros.”
A pedido do R7 Economize, a educadora financeira Teresa Tayra elaborou uma lista com dicas sobre como utilizar o dinheiro da primeira parcela do 13º salário.
“Para muitos brasileiros%2C o ciclo do 13º se repete ano após ano. Começa com uma grande ansiedade para a chegada do abono e%2C depois%2C vem a frustração ao perceber que ele simplesmente desapareceu por má utilização.”
Confira as dicas:
Identifique seu momento financeiro
Saiba qual fase, estágio, momento financeiro você se encontra.
Para uns, o 13º salário é uma salvação devido a um aperto financeiro.
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Para outros, pode ser a oportunidade de iniciar a reserva de emergência.
Há, ainda, aqueles que serão favorecidos pelo abono para as compras de Natal e fim de ano.
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Por último, para algumas pessoas pode ser a alegria de aumentar o aporte para uma renda futura.
Defina as prioridades
Dívidas
Não quite suas dívidas sem ter feito a lição de casa sobre as causas das dívidas.
Dívidas são aprendizados. Se ainda não aprendemos, elas voltarão.
“Se quitar uma dívida e continuar com o mesmo comportamento de gastar mais do que se ganha%2C você não estará quitando dívidas. Estará dando corda para novas dívidas.”
Compras de Natal
Fique atento a compras que caibam em seu orçamento.
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Seja criativo e busque alternativas de presentes mais em conta. A mesma regra vale para a ceia de Natal da família.
Despesas de começo de ano
Lembre-se que o ano começa com diversas contas para pagar. Entre elas, IPTU, IPVA, matrícula, material e uniforme escolar. O 13ª salário pode ser seu reforço a esses gastos.
Sobrou para investir?
O primeiro passo para investir é saber seus objetivos.
“É fundamental saber para quando e para qual finalidade o dinheiro será usado. Dependendo dessas informações, é possível escolher produtos diferentes”, diz Teresa.
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Ela cita exemplos: uma reserva de emergência requer liquidez, para uma aposentadoria dá para considerar uma diversificação em renda variável.
“Além de conhecer seus objetivos, é muito importante identificar seu perfil financeiro, pois ele define muito sobre suas escolhas de investimento.”
Um levantamento recente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e do SPC revelou pontos interessantes sobre os hábitos de consumo dos brasileiros: quase metade das compras em lojas, cerca de 42%, são feitas com cartão de crédito ou em parcelas...
Um levantamento recente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e do SPC revelou pontos interessantes sobre os hábitos de consumo dos brasileiros: quase metade das compras em lojas, cerca de 42%, são feitas com cartão de crédito ou em parcelas no crediário. O maior problema é que essas são as formas de pagamento que mais levam os consumidores a ficar com o nome sujo







