Economia Arrecadação soma R$ 142,1 bi e tem maior valor para maio na série

Arrecadação soma R$ 142,1 bi e tem maior valor para maio na série

Em relação a abril deste ano, no entanto, houve queda de 10,13% no recolhimento de impostos, conforme Receita Federal

Agência Estado
Arrecadação de impostos teve maior alta para maio desde início da série histórica

Arrecadação de impostos teve maior alta para maio desde início da série histórica

Pixabay

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 142,1 bilhões em maio, o maior valor para o mês da série histórica da Receita Federal, que teve início em 1995. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 69,88% na comparação com o mesmo mês de 2020.

Em relação a abril deste ano, no entanto, houve queda de 10,13% no recolhimento de impostos.

O resultado das receitas veio acima da mediana de R$ 136,100 bilhões das estimativas na pesquisa do Broadcast Projeções, cujo intervalo ia de R$ 108,700 bilhões a R$ 145,000.

Acumulado

No acumulado do ano até maio, a arrecadação federal somou R$ 744,8 bilhões, também o maior volume para o período da série histórica (1995).

O montante ainda representa um recuo real de 21,17% na comparação com os primeiros cinco meses do ano passado.

Fatores

De acordo com a Receita Federal, o resultado é explicado, principalmente, por fatores não recorrentes, como recolhimentos extraordinários de, aproximadamente, R$ 16 bilhões do IRPJ/CSLL de janeiro a maio de 2021.

"Além disso, as compensações aumentaram 89% em maio de 2021 em relação a maio de 2020 e cresceram 46% no período acumulado", completa o órgão.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 39,825 bilhões nos primeiros cinco meses deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 37,213 bilhões. Apenas no mês de maio, as desonerações totalizaram R$ 8,962 bilhões, também acima do registrado em maio do ano passado (R$ 8,446 bilhões).

A PEC Emergencial, aprovada pelo Congresso Nacional no início do ano, inclui um plano de redução gradual dos incentivos e benefícios de natureza tributária (subsídios, isenções e desonerações) para 2% do PIB em oito anos (o patamar atual é de aproximadamente 4,2% do PIB).

Últimas