Avianca leiloa 181 direitos de pousos e decolagens nesta quarta-feira

Empresas que se inscreverem no leilão poderão arrematar slots de operação nos aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Santos Dumont

Economia|Alexandre Garcia, do R7

10/07/2019 - 02h00 (Atualizado em 21/02/2024 - 18h10)

Em processo de falência desde dezembro, a Avianca leiloa, a partir das 14h desta quarta-feira (10), em São Paulo, 181 direitos de pousos e decolagens, também chamados de slots, divididos em sete lotes nos aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Santos Dumont.

As empresas interessadas em participar do leilão, que será realizado pela Mega Leilões, têm entre as 13h e 14h para se credenciar. As principais companhias aéreas do país, a Latam Airlines, Gol e Azul devem marcar presença no leilão.

Os ativos a serem disponibilizados pela Avianca foram divididos em sete UPIs (Unidades Produtivas Isoladas), compostas por 83 slots em Congonhas (SP), 64 em Guarulhos (SP) e 34 no Santos Dumont (RJ). Com as maiores quantidades de direitos de pousos e decolagens, as UPIs A e B recebem lances a partir de R$ 266 milhões (US$ 70 milhões) cada.

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As UPIs C, D e E serão inicialmente leiloadas em bloco com lance mínimo também de R$ 266 milhões (R$ 70 milhões). Caso não haja nenhum lance para aquisição do bloco pelo preço mínimo, o lote será dividido e cada uma das UPIs ofertada, separadamente, em leilões individuais. Já as UPIs F e Programa Amigo, não terão preços mínimos estabelecidos.

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Inicialmente programado para acontecer no início de maio, o leilão dos slots da Avianca foi suspenso por uma decisão provisória da Justiça. No dia 24 daquele mês, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) suspendeu as operações da companhia.

A divisão dos slots em sete lotes também quase ameaçou a realização do leilão. Em junho. 1.ª Vara de Falências de São Paulo, proibiu a Anac de redistribuir os direitos de pousos e decolagens por entender que eles são os principais atrativos ofertados pela Avianca. A decisão foi derrubada pelo desembargador Ricardo Negrão.

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Conheça a composição de cada um dos UPIs da Avianca

• UPI A - 20 slots em Guarulhos, 12 em Santos Dumont e 21 em Congonhas

• UPI B - 26 slots em Guarulhos, 8 em Santos Dumont e 15 em Congonhas

• UPI C - 6 slots em Guarulhos, 6 em Santos Dumont e 8 em Congonhas

• UPI D - 6 slots em Guarulhos, 4 em Santos Dumont e 4 em Congonhas

• UPI E - 6 slots em Guarulhos, 4 em Santos Dumont e 10 em Congonhas

• UPI F - 25 slots em Congonhas

• UPI Programa Amigo - Membros e banco de dados do programa de fidelidade da Avianca

Relembre as aéreas que deixaram de operar no Brasil

Com leilão marcado para acontecer nesta quarta-feira (10), a
Avianca será a 11ª empresa do setor a encerrar operações no Brasil desde 2001 e manterá a média de uma
falência a cada dois anos no mercado aéreo do país. Relembre nas
próximas fotos algumas das companhias que deixaram de pousar e descolar nos
aeroportos nacionais

Em processo de falência desde dezembro, a Avianca começou a
operar no Brasil em 2002 com o nome de OceanAir. Foi durante muitos anos a quarta
maior companhia aérea do Brasil e tinha suas operações de pousos e decolagens
centrados em São Paulo (Guarulhos e Congonhas), Rio de Janeiro (Santos Dumont e
Galeão) e Brasília

Fundada em 1927, a Varig
(Viação Aérea Rio-Grandense) foi uma das primeiras empresas aéreas do Brasil e
fechou as portas em 2006. No ano seguinte, foi vendida para a Gol. Durante os
anos de operação, a companhia atuou em rotas internacionais para América,
Europa, África e Ásia

Também inaugurada na primeira metade do século
passado, a VASP surgiu no Campo de
Marte (SP) e foi a primeira aérea a realizar voos comerciais entre São Paulo e
o Rio de Janeiro. Sem renovação da frota, a empresa perdeu espaço no setor aéreo
no início dos anos 2000 e encerrou as atividades em 2005

Inserida no mercado nacional em 1955, a Transbrasil figurou entre as maiores do ramo até 2002, quando decretou
falência pouco mais de um ano após a morte de seu fundador, Omar Fontana.
Durante seus 47 anos de operação, a companhia em rotas nacionais e
internacionais

Inaugurada em 2005 com o conceito de empresa aérea de baixo custo, a Webjet foi incorporada à Gol após fechar as portas no ano de 2012. A vida curta da empresa pode ser justificada pela guerra tarifária travada entre as gigantes do setor no início da década

A BRA (Brasil Rodo
Aéreo) operou em território nacional por apenas oito anos, entre 1999 a
2007, ano em que foi incorporada à OceanAir, atualmente conhecida como Avianca
Brasil. Ao longo de sua operação, a companhia tinha a missão de conquistar
usuários de ônibus interestaduais

Também com vida curta no mercado aéreo nacional, a TRIP Linhas Aéreas operou no Brasil
somente entre 1998 e 2013, quando foi adquirida pela Azul

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