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BC começa reunião que vai derrubar a taxa básica de juros pela quarta vez seguida

Analistas do mercado financeiro preveem nova redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, de 12,25% para 11,75% ao ano

Economia|Do R7

Sede do Banco Central, onde acontece a reunião do Copom
Sede do Banco Central, onde acontece a reunião do Copom

Após reduzir a taxa básica de juros nos últimos três encontros, oCopom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), volta a realizar nesta terça-feira (12) a reunião que deve resultar na redução da taxa Selic ao menor patamar desde março de 2022.

Segundo expectativas do mercado financeiro, a taxa básica de juros deve recuar 0,5 ponto percentual pela quarta vez seguida, de 12,25% para 11,75% ao ano, na última reunião do ano do comitê.

Nesta terça-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro. A decisão é anunciada no fim da tarde de quarta-feira (13).

Na ata da última reunião, quando decidiu reduzir a Selic para 12,25% ao ano, o Copom (Comitê de Política Monetária) sinalizou a previsão de novos cortes de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros para os próximos meses. No entanto, o grupo diz ser pouco provável elevar o ritmo de corte dos juros básicos.


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"Tal ritmo conjuga, de um lado, o firme compromisso com a reancoragem de expectativas e a dinâmica desinflacionária e, de outro, o ajuste no nível de aperto monetário em termos reais diante da dinâmica mais benigna da inflação antecipada nas projeções do cenário de referência", diz a ata.

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Enquanto o ano deve encerrar com a Selic a 11,75%, para os próximos anos o mercado financeiro espera a manutenção dos cortes de juros. As previsões mais recentes, no entanto, estimam que o ciclo de queda da taxa básica de juros será menos intenso, com a chegada da Selic a 9,25% ao ano, em 2024, e 8,75% ao ano em 2026.

O que é a Selic

A taxa básica de juros é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A Selic é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, é a taxa Selic que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo a empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, perto da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando os juros básicos são reduzidos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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