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Banco Central prevê alta de 17,6% na conta de luz e de 2,8% no bujão de gás

A inflação foi o principal motivo para o aumento da taxa básica de juros na semana passada

Economia|Do R7

BC explica os motivos para a decisão de aumentar a taxa básica de juros, a Selic
BC explica os motivos para a decisão de aumentar a taxa básica de juros, a Selic

O BC (Banco Central) divulgou nesta quinta-feira (6) a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que ocorreu semana passada.

No documento, o BC explica os motivos para a decisão de aumentar a taxa básica de juros, a Selic, de 11% para 11,25% ao ano.

A inflação foi a principal preocupação dos integrantes do comitê. O comitê se preocupa com a “persistência da inflação” que é consequência da “dinâmica dos preços no segmento de serviços”.

Segundo a ata, “o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, projeta-se variação de 5,3% em 2014, ante 5,0% considerados na reunião do Copom de setembro”.


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O comitê prevê um aumento de 17,6% nos preços da energia elétrica, de 2,8% no gás de bujão e de 0,1% na gasolina. Por outro lado, o bolso do consumidor deve ter uma folga com a redução de 6,4% nas tarifas de telefonia fixa.


Com isso, as projeções para a inflação oficial subiram de 6,27% para 6,45% neste ano — próxima ao teto da meta do governo que é de 6,5%. E para 2015, a estimativa foi de 6,29% para 6,30%.

— O Comitê enfatiza, também, que taxas de inflação elevadas subtraem o poder de compra de salários e de transferências, com repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias. Por conseguinte, taxas de inflação elevadas reduzem o potencial de crescimento da economia, bem como de geração de empregos e de renda.

Em relação às críticas de que o aumento da taxa de juros prejudica ainda mais o crescimento da economia brasileira, o BC afirmou na ata que “na visão do Comitê, a atividade tende a entrar em trajetória de recuperação no próximo ano” e, “no médio prazo, mudanças importantes devem ocorrer na composição da demanda e da oferta agregada”.

O Copom decidiu elevar a taxa Selic para 11,25% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela manutenção da taxa Selic em 11,00% a.a.

Votaram pela elevação da taxa Selic para 11,25% a.a. os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo e Sidnei Corrêa Marques.

Votaram pela manutenção da taxa Selic em 11,00% a.a. os seguintes membros do Comitê: Altamir Lopes, Luiz Awazu Pereira da Silva e Luiz Edson Feltrim.

Ao final do documento, o Copom afirmou que “a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos 12 meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária”.

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