BC inicia nesta terça-feira reunião que vai definir nova taxa de juros
Expectativas do mercado financeiro apontam para 4ª manutenção seguida da Selic em 2% ao ano, menor patamar da história
Economia|Do R7
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) começa nesta terça-feira (19) a primeira reunião de 2021, que vai definir o patamar da taxa básica de juros da economia brasileira pelos próximos 45 dias.
As expectativas do mercado financeiro apontam para a quarta manutenção consecutiva da Selic em 2% ao ano, menor patamar da história.
No último encontro, quando a taxa básica de juros foi mantida em 2% ao ano, o Copom afirmou que a "continuidade da recuperação desigual entre setores". Os diretores também destacaram que existe uma incerteza "acima da usual" sobre o ritmo de crescimento econômico, sobretudo após o fim dos auxílios emergenciais.
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Nesta terça, o presidente do BC (Banco Central), Roberto Oliveira Campos, e os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro. Amanhã, o comitê projeta as possibilidades futuras e define a nova Selic.
O veredito a respeito dos novos juros básicos será anunciado após as 18h30 e ficará vigente por ao menos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.
Juros básicos
A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.
A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.