CNA defende agro brasileiro e nega práticas desleais de comércio em audiência nos EUA
Em Washington, entidade apresentou dados sobre etanol, tarifas e preservação ambiental para reforçar legalidade das exportações
Economia|Do R7, em Brasília
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A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) defendeu nesta quarta-feira (3), em Washington, nos Estados Unidos, a competitividade do agro brasileiro no mercado internacional e negou acusações de práticas desleais de comércio contra o país norte-americano.
A manifestação ocorreu durante audiência pública sobre a Seção 301 da Lei de Comércio americana, que permite apurações de supostas práticas discriminatórias e, em caso de confirmação, a aplicação de sanções unilaterais.
“Acabamos de participar da audiência pública promovida pelo USTR. Viemos defender os produtores e o agro brasileiro, destacando a importância do Código Florestal para o país e o respeito do produtor à legislação. E trouxemos outras evidências de que o crescimento do setor foi feito seguindo as regras do comércio internacional”, afirmou a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori.
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Segundo ela, a “competitividade do agro brasileiro decorre de fundamentos legítimos, como os recursos naturais e investimentos contínuos em inovação, e não por práticas desleais de comércio”.
A entidade já havia protocolado, em 15 de agosto, uma manifestação com argumentos técnicos para rebater os questionamentos americanos relacionados a três eixos: “Tarifas Preferenciais”, “Acesso ao Mercado de Etanol” e “Desmatamento ilegal”.
Além do envio da manifestação escrita, a entidade se inscreveu para participar da audiência pública e o pedido foi aceito.
Etanol
No tema do etanol, Mori afirmou que, em 2024, “o Brasil importou dos Estados Unidos 17 vezes mais etanol do que da Índia, enquanto o México não registrou exportações relevantes”.
Na parte ambiental, a diretora ressaltou que o país possui “um dos marcos regulatórios mais rigorosos do mundo, com um Código Florestal que exige a preservação de vegetação nativa em propriedades privadas”.
Segundo ela, “66% do território nacional está coberto por vegetação nativa, sendo que metade dessa área está preservada dentro de imóveis rurais privados, mantida pelos produtores”.
A CNA também destacou a relevância da relação bilateral. “Se por um lado o mercado americano é o terceiro principal destino das exportações do agro brasileiro, por outro somos um relevante consumidor de insumos, tecnologias e equipamentos industriais produzidos nos EUA”, disse Mori, lembrando que, em 2024, o Brasil importou mais de US$ 1,1 bilhão em fertilizantes, máquinas agrícolas e sementes norte-americanas.
Diálogo
A representante da CNA concluiu reforçando a disposição do setor para manter o diálogo. “Reiteramos a disposição do setor agropecuário brasileiro para o diálogo construtivo e a cooperação com os Estados Unidos, certos de que uma relação comercial baseada em evidências, integridade, respeito mútuo e objetivos comuns é essencial para enfrentar os desafios globais da agricultura, segurança alimentar e sustentabilidade”.
Perguntas e respostas
Qual foi a posição da CNA em relação ao agro brasileiro durante a audiência nos EUA?
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) defendeu a competitividade do agro brasileiro no mercado internacional e negou acusações de práticas desleais de comércio contra os Estados Unidos durante uma audiência pública em Washington.
O que foi discutido na audiência pública sobre a Seção 301 da Lei de Comércio americana?
A audiência pública abordou a Seção 301 da Lei de Comércio americana, que permite investigações sobre práticas discriminatórias e a aplicação de sanções unilaterais, caso sejam confirmadas.
Quais argumentos a CNA apresentou para defender o agro brasileiro?
A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, destacou a importância do Código Florestal e afirmou que a competitividade do agro brasileiro é resultado de fundamentos legítimos, como recursos naturais e investimentos em inovação, e não de práticas desleais.
Quais eixos foram abordados na manifestação protocolada pela CNA em agosto?
A CNA protocolou uma manifestação com argumentos técnicos relacionados a três eixos: “Tarifas Preferenciais”, “Acesso ao Mercado de Etanol” e “Desmatamento ilegal”.
O que foi mencionado sobre a importação de etanol pelo Brasil?
Sueme Mori afirmou que, em 2024, o Brasil importou dos Estados Unidos 17 vezes mais etanol do que da Índia, enquanto o México não registrou exportações relevantes.
Como a CNA abordou a questão ambiental durante a audiência?
A diretora ressaltou que o Brasil possui um dos marcos regulatórios mais rigorosos do mundo, com um Código Florestal que exige a preservação de vegetação nativa em propriedades privadas, e que 66% do território nacional está coberto por vegetação nativa.
Qual a importância da relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos segundo a CNA?
A CNA destacou que o mercado americano é o terceiro principal destino das exportações do agro brasileiro e que o Brasil é um relevante consumidor de insumos, tecnologias e equipamentos industriais dos EUA, tendo importado mais de US$ 1,1 bilhão em 2024.
Qual foi a conclusão da representante da CNA sobre o diálogo com os Estados Unidos?
Sueme Mori reiterou a disposição do setor agropecuário brasileiro para um diálogo construtivo e cooperação com os Estados Unidos, enfatizando a importância de uma relação comercial baseada em evidências e respeito mútuo para enfrentar desafios globais na agricultura e sustentabilidade.
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