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Com tarifaço assinado, CNI cobra diálogo urgente com os EUA e medidas internas de proteção

Entidade critica sobretaxa americana e pede mais articulação do governo brasileiro para preservar exportações e empregos

Economia|Do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • A CNI cobra diálogo urgente com os EUA devido à sobretaxa de 50% imposta a produtos brasileiros.
  • A entidade defende negociação e articulação para evitar medidas punitivas que agravem o conflito comercial.
  • A CNI apresentou oito propostas ao governo federal para mitigar os impactos econômicos da tarifa.
  • Uma missão empresarial aos EUA será realizada para conscientizar sobre os prejuízos da medida para ambas economias.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

CNI sugere medidas para mitigar os efeitos econômicos adversos aos setores afetados pelas barreiras Iano Andrade/CNI - 04.11.2024

Diante da sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou nesta quarta-feira (30) que o momento exige uma reação firme baseada em negociação direta e de alto nível.

Para a entidade, é fundamental ampliar o diálogo com o governo norte-americano e evitar medidas unilaterais que aprofundem o conflito comercial entre os países.


O momento não é de retaliação. É hora de ampliar os canais de diálogo e de negociação com os Estados Unidos”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Embora reconheça os impactos negativos da medida — que pode comprometer contratos, desorganizar cadeias produtivas e provocar perda de empregos —, a CNI rechaça qualquer resposta imediata de natureza punitiva por parte do Brasil.


A entidade cobra mais articulação institucional e diplomática, inclusive apontando fragilidades na condução brasileira do tema.

“Seguimos defendendo a negociação como forma de convencer o governo americano que essa medida é uma relação de perde-perde para os dois países, não apenas para o Brasil”, reforçou Alban.


Propostas para mitigar impactos

Com o objetivo de conter os danos econômicos e proteger empresas exportadoras, especialmente de pequeno e médio porte, a CNI entregou ao governo federal uma lista com oito propostas emergenciais.

Entre elas estão:


  • Criação de linha de crédito emergencial via BNDES;
  • Ampliação de prazos em operações cambiais e financiamentos de exportação;
  • Prorrogação e parcelamento de tributos federais sem encargos;
  • Aplicação de medidas antidumping rápidas em casos de desvio comercial;
  • Pagamento imediato de ressarcimentos tributários acumulados;
  • Elevação do Reintegra para 3%;
  • Reativação do Programa Seguro-Emprego (PSE).

“Nossas propostas buscam mitigar os efeitos econômicos adversos aos setores afetados pelas barreiras, preservar a capacidade exportadora das empresas brasileiras e garantir a continuidade das operações internacionais em um cenário de alta imprevisibilidade”, destacou Alban.

Sobretaxa atinge setores estratégicos

Apesar de mais de 700 itens brasileiros terem sido poupados da nova tarifa, áreas-chave da pauta exportadora foram diretamente atingidas, como proteína animal, etanol, café, máquinas, equipamentos e diversos manufaturados.

Os produtos excluídos da cobrança adicional continuam sujeitos à tarifa anterior de 10%, em vigor desde abril.

A isenção se aplica principalmente a insumos destinados à aviação civil, além de setores como suco de laranja, minérios, equipamentos elétricos, fertilizantes e componentes tecnológicos.

CNI fará missão empresarial aos EUA

Como parte da resposta institucional, a CNI organiza uma missão empresarial aos Estados Unidos para reforçar o diálogo com empresas americanas e ampliar a conscientização sobre os prejuízos da medida, também para a economia dos EUA.

“Nosso papel é ser um facilitador e o nosso objetivo é sensibilizar as empresas para que elas sensibilizem o governo. As tarifas também vão afetar a economia americana”, disse Alban.

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