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Consumo de energia bate recorde, e país fecha 2021 em alta de 5,2%

A indústria teve alta de 2,9% em dezembro em comparação com igual período do ano anterior, o maior nível desde 2014

Economia|

Comércio e indústria puxaram o desempenho e residências registraram queda
Comércio e indústria puxaram o desempenho e residências registraram queda Comércio e indústria puxaram o desempenho e residências registraram queda

O consumo de energia elétrica no Brasil em dezembro foi de 42.937 gigawatts-hora (GWh), 2% maior do que em dezembro de 2020 e o maior valor para o mês em toda a série histórica, desde 2004. É também o segundo maior consumo mensal de 2021, perdendo apenas para o mês de março, informou a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), em sua Resenha Mensal.

No ano, o consumo de energia elétrica teve crescimento de 5,2% (500.209 GWh) em comparação a 2020, com o comércio e a indústria puxando o desempenho e a classe residencial registrando queda.

O consumo de eletricidade na indústria subiu 2,9% em dezembro em comparação com igual período do ano anterior, registrando 15.077 GWh, o maior para dezembro desde 2014.

A região Nordeste teve a maior expansão, de 9,7%, seguido pelas regiões Norte (+6,2%), Centro-Oeste (+1,9%), Sudeste (+1,6%) e Sul (+0,6%).

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Sete dos dez segmentos mais eletrointensivos da indústria aumentaram o consumo em dezembro de 2021 em comparação com 2020. Lideram a expansão: produtos químicos (+144 GWh) — pelo efeito estatístico da retomada em 2021 da atividade química em Alagoas (cloro-soda) e Sergipe (fertilizantes) —; produtos alimentícios (+144 GWh); e extração de minerais metálicos (+122 GWh), alavancado pela retomada da atividade em Minas Gerais e no Espírito Santo e pelo bom desempenho no Pará.

Por outro lado, apresentaram redução do consumo os setores automotivo (-27 GWh), têxtil (-22 GWh) e metalurgia (-10 GWh), que se retraíram após 17 meses consecutivos de taxas positivas, em linha com a desaceleração da demanda doméstica por produtos siderúrgicos nos últimos meses do ano.

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No comércio, a expansão foi ainda mais forte no último mês do ano, atingindo 8.026 GWh, expansão de 6,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A classe comercial registra o maior valor de consumo desde abril de 2021.

"O bom desempenho do setor de tecnologia da informação, transporte, serviços prestados às famílias, em especial alojamento, alimentação e turismo puxaram o aumento do consumo da classe", explicou a EPE.

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Todas as regiões registraram crescimento no consumo da classe. Assim como ocorreu no mês anterior, a região Nordeste (+13,3%) continua liderando a expansão, seguida pela região Sul (+9,7%), Norte (+6,0%), Sudeste (+4,5%) e Centro-Oeste (+2,9%).

Já o consumo de eletricidade nas residências foi de 13.090 GWh, queda de 1,7% em dezembro em comparação com igual mês em 2020. Segundo a EPE, o recuo foi causado por um maior volume de chuvas e temperaturas mais amenas, sendo a região Sudeste uma das que mais sofreram com o excesso de chuvas no período, influenciando na queda do consumo de energia elétrica das residências.

A região Sudeste teve a maior retração, de 5,5%, seguida pelo Sul (-1,6%) e Centro-Oeste (-0,9%). Por outro lado, as regiões Norte (+10,2%) e Nordeste (+3,2%) tiveram crescimento. Os estados que apresentaram as maiores quedas foram: Rio de Janeiro (-12,3%), Acre (-11,1%) e Espírito Santo (-10,2%). Já as maiores taxas de expansão de consumo foram registradas no Pará (+29,9%), Roraima (+14,0%) e Amazonas (+13,5%).

Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou alta de 6,7% no consumo no mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica se retraiu 0,6%, informou a autarquia.

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