Cresce número de grevistas na Embraer nesta quinta
Segundo sindicato de metalúrgicos de S. J. dos Campos, 100% da produção está parada
Economia|Do R7
Os metalúrgicos do primeiro turno da Embraer também aderiram, nesta quinta-feira (6), à paralisação iniciada na quarta-feira (5) pelos trabalhadores do segundo turno da empresa, informou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Com a adesão da equipe matutina, 100% da produção da sede da Embraer, em São José dos Campos (SP), está parada, informa a entidade.
"Esta é a primeira vez, desde a privatização [em 1994], que acontece uma greve por tempo indeterminado na Embraer", diz o sindicato, em nota.
Ao todo, a empresa possui aproximadamente 13 mil trabalhadores em São José dos Campos, sendo quase 10 mil na sede — onde a greve se realiza.
Os metalúrgicos reivindicam 10% de reajuste salarial, o que corresponde a 3,43% de aumento real, além do congelamento do valor do desconto do convênio médico e estabilidade no emprego.
O porcentual é significativamente acima da última proposta da Embraer e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que ofereceram 7,4% de aumento para as empresas do setor aeronáutico.
A última rodada de negociação entre o grupo patronal do setor e o sindicato aconteceu no dia 29 de outubro e não há nova reunião prevista.
Além da Embraer, metalúrgicos de outras cinco fábricas do setor aeronáutico também já rejeitaram a proposta de 7,4%: Latecoere, Graúna, Sobraer, Sopeçaero e Alestis. Todas são parceiras da Embraer, a maior empregadora metalúrgica da região.
O sindicato avalia que o reajuste proposto pela Embraer representa apenas 1% de aumento real de salário e está abaixo do que os metalúrgicos de outras fábricas da região já conseguiram. Segundo a entidade, já foram fechados mais de 80 acordos, entre 9% e 11%.
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