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Dia dos Pais pode ter mais presentes e com valores mais altos neste ano, diz pesquisa

Número de brasileiros dispostos a consumir na data aumentou 15 pontos percentuais em comparação com 2023; 32% dizem que vão gastar mais

Economia|Jéssica Gotlib, do R7, em Brasília


Brasileiros deixaram compras para última hora, afirma pesquisador Renato Cerqueira/Estadão Conteúdo - 06.08.2024

Esse Dia dos Pais deve ser mais aquecido para o comércio brasileiro que o do ano passado. É o que mostra a pesquisa quantitativa sobre consumo do Instituto Locomotiva. De acordo com o levantamento, 77% dos consumidores estão dispostos a comprar um presente em 2024, contra 62% no ano passado. Além disso, 32% das pessoas ouvidas disseram que vão gastar mais que gastaram em 2023, 48% vão manter a faixa de preço e 20% devem reduzir os custos.

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“É preciso que essa intenção se converta em ação. A gente nota que há uma grande parcela da população deixando a compra para a última hora, só 17% haviam comprado o presente até o final de semana anterior ao dia dos pais. Eles vão ter que encontrar condições favoráveis quando chegarem ao varejo para que esse desejo se torne efetivo”, explicou João Paulo Cunha, diretor de pesquisa do Instituto Locomotiva.

A pesquisa ouviu 1.335 pessoas nas cinco regiões do país entre 18 de julho e 2 de agosto deste ano. Os resultados levam em conta brasileiros com mais de 18 anos e têm margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Os cinco itens mais comprados devem ser: roupas e acessórios (58%); sapatos (38%); eletrônicos e ferramentas, com 19% cada; e cosméticos (18%).

Aos 19 anos, a estudante Maria Clara Delfino fugiu da lista em 2023, mas deve comprar um dos itens mais buscados neste ano. Ela e a irmã optaram por dar um passaporte para correr em um kart para o pai no ano passado. “Esse ano não pensamos em nenhuma aventura para ele, então o que sobrou foi comprar um presente mesmo”, conta. Elas também devem seguir com a maioria quanto ao valor, e manter a faixa de preço do presente anterior.


A média de gastos da maioria dos brasileiros será entre R$ 100 e R$ 200. A maioria das pessoas deve presentar o próprio pai (64%), mas há também quem vá comprar itens para o marido ou namorado (29%), sogro (12%), irmão, tio ou primo (12%) ou outras pessoas (9%). O índice de presentes para os cônjuges é de 76% entre as mulheres casadas.

“A expectativa de presentes nas classes AB não é tão diferente [das classes DE], mas o que nós identificamos foi uma grande diferença no valor do desembolso previsto. Enquanto nas classes AB 43% preveem gastar mais do que R$ 200, nas classes de DE a proporção cai para 23%, ou seja, aproximadamente a metade”, ressalta. Segundo o diretor, a maior intenção de compra neste ano está associada a uma situação mais favorável no emprego e na inflação.


Resultados corroboram expectativa dos comerciantes

Em estudo publicado em julho, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) projetou um crescimento de 4,7% nas vendas do dia dos pais neste ano em comparação com 2023. A expectativa é de que o varejo alcance a marca de R$ 7,7 bilhões em vendas. A data representa a quarta mais importante em relação ao volume de movimentações financeiras do setor.

Ainda segundo estimativa da CNC, as lojas de roupas devem faturar R$ 3,07 bilhões com a data. Em seguida, aparecem os produtos de perfumaria e cosméticos (R$ 1,51 bilhão) e de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,19 bilhão). Somados, os três segmentos devem responder por quase 75% das vendas totais.


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