Dólar bate R$ 3,92 sob impacto da crise entre EUA e Turquia
Às 14h, moeda americana subiu 1,57% e estava cotada a R$ 3,925 para a venda na taxa de câmbio comercial
Economia|Thais Skodowski, do R7 com Agência Brasil
O dólar está em alta nesta segunda-feira (13), refletindo a crise na Turquia e a perspectiva das eleições no Brasil. A Bolsa de Valores, que abriu em baixa, opera em leve alta no início desta tarde.
No mercado de câmbio, o dólar abriu em alta de 0,62%, cotado a R$ 3,888 para a venda na taxa de câmbio comercial. Às 14h, subiu 1,57%, cotado para venda a R$ 3,925.
O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, abriu nesta segunda-feira em baixa de 0,33%, aos 76.265 pontos. Por volta das 14h, estava em alta de 0,04%, com 76.541,28 pontos.
O Banco Central da Turquia (TCMB) anunciou nesta segunda-feira a injeção de US$ 6 bilhões no sistema financeiro do país para garantir a liquidez dos bancos e interromper a queda da lira turca em relação ao dólar.
Em comunicado, o TCMB informou que reduziu os limites de reservas de divisas permitidas aos bancos turcos para assim retirar liras do mercado, dar liquidez ao sistema e estabilizar o valor da moeda. "Com esta revisão, serão injetados no sistema financeiro aproximadamente 10 bilhões de liras (US$ 6 bilhões) e US$ 3 bilhões em liquidez equivalente ao ouro", afirmou a entidade na nota, divulgada em seu site.
O mecanismo de opção de reserva, criado em 2011, determina que um percentual das reservas financeiras de um banco turco pode estar em divisa estrangeira ou ouro, e parte deve estar em liras.
Na opinião dos analistas, a queda da lira, que perdeu 25% do seu valor somente desde o início do mês (e cerca de 40% no ano), deve-se em parte às tensões diplomáticas com os Estados Unidos.
Washington exige de Ancara a libertação do clérigo protestante Andrew Brunson, detido na Turquia há dois anos sob acusação de terrorismo.
Na sexta-feira passada (10), o governo do presidente americano, Donald Trump, anunciou uma duplicação das tarifas ao aço e ao alumínio da Turquia, para 50% e 20%, respectivamente.
*Com informações da EFE