Dólar fecha com leve queda após saltar 1,6% durante o dia
Em um cenário de recuperação de ativos de risco no mercado internacional, moeda sofreu desvalorização no período da tarde
Economia|Do R7
O mercado de câmbio brasileiro experimentou mais um dia de amplas oscilações nesta terça-feira (5), que terminou com o dólar zerando fortes ganhos de mais cedo e ficando em leve queda, em meio à recuperação de ativos de risco no mundo após um início de pregão mais fraco.
O dólar à vista fechou com variação negativa de 0,11%, a R$ 5,26 na venda. A moeda oscilou entre alta de 1,62% durante a manhã, para R$ 5,35, e queda de 0,32%, a R$ 5,25, pouco antes das 15h30.
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Na B3, o dólar futuro tinha queda de 0,57%, a R$ 5,27, às 17h16. Entre a máxima e a mínima, o dólar futuro andou R$ 0,10 depois de ter variado 0,17 na véspera, o maior spread desde 9 de novembro.
Os números indicam que o real, já o campeão de volatilidade no mundo emergente, começou o ano exibindo ainda mais instabilidade.
A volatilidade implícita das opções de dólar/real para três meses - uma medida da percepção de incerteza sobre a taxa de câmbio e que está em alta há dois meses - bateu 19,13% ao ano, maior patamar desde 13 de outubro.
O peso mexicano - um dos principais rivais do real nos mercados de câmbio - tinha volatilidade implícita de 15,37% nesta terça.
Com a instabilidade do câmbio, a TAG Investimentos começou 2021 com posições neutras em real, após um 2020 marcado por temores relacionados às contas públicas e piorados pela pandemia.
"Ainda temos um enorme problema fiscal que precisará ser, pelo menos em parte, equacionado. Este é hoje o maior desafio para o país, e um dos vetores que podem definir a direção estrutural de nossa economia nos próximos anos", disse a casa em carta mensal.