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Dólar fecha cotado a R$ 4,19, maior valor do Plano Real

Moeda norte-americana subiu no Brasil puxada pelas incertezas do cenário eleitoral. Cotação é a maior em 24 anos

Economia|Do R7

Moeda americana fechou a R$ 4,19 nesta quinta
Moeda americana fechou a R$ 4,19 nesta quinta

As preocupações com o cenário eleitoral doméstico fizeram com que o dólar subisse 1,21% nesta quinta-feira (13) e batesse a máxima recorde do Plano Real, ao fechar a R$ 4,1957 — até então, o recorde era de 21 de janeiro de 2016, quando terminou em R$ 4,1655.

Com a alta, o câmbio terminou na contramão do exterior, onde uma busca por investimentos de maior risco favoreceu a alta de moedas de países emergentes.

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Neste mês até agora, o dólar já subiu 3,03% ante o real. Nesta quinta, a moeda marcou a máxima de R$ 4,2069 e a mínima de R$ 4,1245, logo depois da abertura dos negócios. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,79%.

"Dúvidas sobre a saúde de Bolsonaro e a expectativa com o Datafolha de amanhã (sexta) redobraram a cautela dos agentes", comentou um operador de câmbio de uma gestora local.


Na noite desta quarta-feira (12), o líder das pesquisas de intenção de votos, Jair Bolsonaro (PSL), passou por nova cirurgia e voltou para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Assim, o candidato deve ficar de fora de "agendas de rua" ao menos no primeiro turno da campanha.

Os investidores temem que um candidato menos comprometido com o ajuste fiscal pró-mercado ganhe a disputa pela Presidência em outubro.


O mercado aguardava ainda novas pesquisas de intenção de votos, com destaque para o Datafolha na sexta-feira depois do fechamento dos mercados no Brasil. Os dados para esse levantamento estão sendo colhidos já nesta quinta-feira.

Com o nervosismo eleitoral, o mercado doméstico acabou se descolando do exterior, que teve dia de busca pelo risco, após a Turquia elevar os juros e os dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos não reforçarem apostas de subida mais intensa dos juros no país. Juros elevados nos Estados Unidos têm potencial de atrair recursos aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.


Na quarta, os Estados Unidos convidaram os chineses para retomar as conversas comerciais, no momento em que Washington se preparava para intensificar a guerra comercial entre os dois países com tarifas sobre 200 bilhões de dólares em bens chineses.

O dólar caía ante divisas de países emergentes, com destaque para a lira turca, após o banco central do país subir os juros para 24%. Também perdia força ante outras divisas fortes.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 4,360 bilhões de dólares do total de 9,801 bilhões de dólares que vencem em outubro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral. A venda de dólares no mercado tem o objetivo de segurar um avanço maior da moeda norte=america.

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