Dólar sobe 1,22% e tem maior alta desde janeiro
Moeda dos EUAS fechou em R$ 2,2428 na venda ante o real
Economia|Do R7
O dólar fechou com alta de 1,22% ante o real nesta sexta-feira (25) com o valor de R$ 2,2428 na venda.
O resultado aconteceu após o Banco Central brasileiro não realizar nesta sessão o leilão de rolagem de swaps cambiais (contratos de risco) e em meio ao contexto global de preocupações com a Ucrânia. O aumento foi o maior desde janeiro.
A alta da moeda estadunidense acumulou 0,32% nesta semana. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,3 bilhão (R$ 2,92 bilhões).
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Para o estrategista do Citi Kenneth Lam, conforme informou por meio de relatório, a alta do dólar pode ter influência nas decisões do Copom.
— É possível que o BC veja o atual nível do real como suficiente para manter a inflação sob controle para permiti-lo interromper as altas na Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (que será em maio).
O dólar acumula queda de mais de 5% sobre o real desde o início do ano, o que tende a trazer alívio aos preços já que as importações ficam mais varatas. A Taxa Selic está atualmente em 11%.
Contratos e riscos
O BC vinha realizando diariamente ofertas para rolar os swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, a vencer em 2 de maio. Havia rolado cerca de 74% do lote total até esta quinta-feira (24), correspondente a 8,733 bilhões de dólares.
Ainda restam três dias para rolar os swaps remanescentes, mas alguns investidores já apostam que não será concluída. Para o operador da corretora Intercam Glauber Romano, o BC sinaliza que "não vai rolar tudo".
— Isso dá um pouco de força para o mercado testar cotações mais altas.
As ofertas diárias de novos swaps continuaram como previsto. O BC vendeu pela manhã a oferta total de até quatro mil swaps, todos com vencimento em 2 de março de 2015 e com volume equivalente a US$ 198,2 milhões (R$ 443,93).
A autoridade monetária também ofertou contratos para 1º de dezembro deste ano, mas não vendeu nenhum.
Segundo alguns analistas, a atuação mais moderada é justificada pelo quadro de entrada de recursos no Brasil e já acreditam que o BC pode até mesmo tirar o pé do acelerador em suas intervenções mais à frente.
O país registrava em abril até o dia 23 entrada líquida de US$ 2,719 bilhões (R$ 6,09 bilhões).
A alta do dólar no Brasil também espelhou o fortalecimento da divisa dos Estados Unidos no exterior, após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmar que estaria pronto para impor mais sanções se a Rússia aumentar as ações na Ucrânia em apoio a rebeldes no leste do país.
Para o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca, a questão da Ucrânia está gerando aversão ao risco e "o pessoal está saindo dos emergentes" na hora de investir.
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