Economia brasileira cresce 0,4% em fevereiro, indica ‘prévia do PIB’ do Banco Central
Indicador, responsável por antecipar resultado do PIB brasileiro, registrou alta de 3,8% no acomulado dos últimos 12 meses
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

A economia brasileira cresceu 0,4% em fevereiro na comparação com janeiro, mostram dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Banco Central. Esse foi o segundo mês seguido de aumento do indicador, que é conhecido por antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e produtos finais produzidos no país.
Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico.
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O resultado de fevereiro levou o IBC-Br aos 108,8 pontos na série dessazonalizada (livre de influências), o maior nível de toda a série histórica, iniciada em janeiro de 2003.
Na comparação com fevereiro de 2024, o IBC-Br teve alta de 4,1%, enquanto no acumulado em 12 meses a expansão foi de 3,8%. No ano, a alta também foi de 3,8%.
A partir deste mês, o BC começou a divulgar as variações do IBC-Br por setor da economia. Em fevereiro, o segmento que se destacou foi a agropecuária, com um aumento de 5,6% na atividade econômica.
Segundo a instituição, a indústria e os impostos tiveram retração de 0,8% e 0,6%, respectivamente, enquanto os serviços apresentaram expansão de 0,2%.
IBC-Br e taxa de juros
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 14,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia — indústria, comércio e serviços e agropecuária —, além do volume de impostos.
A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.
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