Expectativa de inflação ao final de 2023 cai de novo e encosta em 5%
Mesmo com sequência de quedas, projeção ainda mostra que índice oficial de preços vai superar a meta pelo 3º ano consecutivo
Economia|Do R7

Os analistas consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) reduziram, pela sexta semana consecutiva, suas projeções para de alta dos preços da economia brasileira, segundo dados revelados nesta segunda-feira (26).
Com a atualização, a previsão atual feita com base em estimativas é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre o ano em 5,06%, ante alta prevista de 5,12%. Há quatro semanas, a estimativa era de alta na casa dos 5,7%.
Mesmo com a expectativa menor, a análise indica que a inflação oficial será, pelo terceiro ano seguido, maior do que o teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).
O último RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do BC prevê alta de 5,8% do IPCA neste ano. De acordo com o documento, a probabilidade de a alta furar o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 57% para 83%.
Para este mês de junho, a previsão é de que o IPCA apresente uma deflação de 0,09%. Já em julho e agosto, os analistas preveem aumentos de, respectivamente, 0,3% e 0,22% do índice oficial de preços, mesmos valores apresentados na semana passada.
Olhando para os próximos três anos, as expectativas para o índice oficial de preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recuaram em 2024 (de 4% para 3,98%) e 2026 (de 3,8% para 3,72%) e permanece estável em 3,8% para 2025.
Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar foi mantida em R$ 5. Entre os preços administrados, como energia e combustíveis e planos de saúde, a projeção recuou pela oitava semana seguida e passou para uma alta de 9,03% neste ano.