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Guedes defende fim de isenções para reduzir IR das empresas 

"É inaceitável 20 mil pessoas receberem R$ 280 bilhões em isenções em uma sociedade desigual como a brasileira", disse o ministro

Economia|Do R7

Gudes fala em corte de até 10 pontos no IRPJ ao reduzir subsídios de empresas
Gudes fala em corte de até 10 pontos no IRPJ ao reduzir subsídios de empresas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a comentar nesta quinta-feira (1º) a proposta de reforma tributária entregue ao Congresso Nacional. Ele reafirmou a possibilidade de reduzir a alíquota imediata do IRPJ (Imposto de Renda para Pessoa Jurídica), com a contrapartida de derrubar isenções que beneficiam poucas empresas.

Guedes recorda que “empresas muito fortes” conseguiram “lobbies bilionários” no passado. “Nós podemos reduzir em 10 pontos percentuais o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica no Brasil inteiro se conseguimos eliminar alguns subsídios dados a alguma poucas empresas”, garantiu ele, que cita a necessidade de "coragem" para tomar a decisão.

“É inaceitável 20 mil pessoas receberem R$ 280 bilhões em isenções em uma sociedade desigual como a brasileira”, avaliou Guedes ao comentar os dados do Ceged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Ele classificou as reclamações contra o texto de reforma tributária como “naturais”, mas disse estar convencido de que é o “caminho certo”.

Apesar da crítica, o ministro reconheceu o lobby político com uma prática válida. "É uma democracia, todo mundo pode fazer seu lobby. Cabe ao governo filtrar o que é socialmente desejável e o que não é”, observou ao cita que a redução das isenções de duas ou três empresas presentes em falhas de mercado já seria suficiente para o corte no valor do Imposto de Renda.

O ministro ressaltou ainda que a proposta de aumentar a tributação sobre os rendimentos de capital da pessoa física surgiu com a isenção do pagamento de imposto para 8 milhões de assalariados. “Todos recebem uma redução na taxa efetiva do imposto que pagam, porque todos estão isentos quando se isenta as faixas de baixo”, explicou.

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