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Ibovespa fecha maio na máxima histórica, acima dos 126 mil pontos

O principal índice da bolsa paulista subiu 0,52%, com recorde de fechamento e volume financeiro de R$ 21,65 bilhões 

Economia|

Painel eletrônico da Bolsa paulista mostra cotações do mercado financeiro
Painel eletrônico da Bolsa paulista mostra cotações do mercado financeiro Painel eletrônico da Bolsa paulista mostra cotações do mercado financeiro

O Ibovespa fechou maio em novas máximas históricas, emendando o terceiro mês de alta. O principal índice da bolsa paulista subiu 0,52% nesta segunda-feira (31), a 126.215,73 pontos, máxima da sessão e renovando recordes de fechamento e intradia. O volume financeiro somou R$ 21,65 bilhões, abaixo da média diária recente, em dia sem a referência das bolsas dos Estados Unidos.

Em maio, o índice acumulou elevação de 6,16%, passando a mostrar acréscimo de 6,05% no ano.

Como pano de fundo dessa performance, estrategistas veem o efeito global de reabertura da economia em algumas regiões do mundo, a alta de commodities e a melhora no ambiente político para reformas estruturais pelo Congresso no Brasil.

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De acordo com o estrategista-chefe do Itaú BBA, Marcelo Sa, a melhora do ritmo de vacinação no mundo gerou uma reabertura mais rápida em alguns países, como nos EUA, que estão voltando à vida normal.

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"O mercado começa a ver quando o Brasil vai chegar nessa fase...e acaba se antecipando", afirmou, chamando a atenção para a quantidade de doses de vacinas aguardada para a segunda metade do ano, que deve ser um catalisador importante para a bolsa.

Em paralelo, Sa avalia que houve um melhora na coordenação política entre governo e o Congresso, ilustrada pela aprovação da medida provisória de privatização da Eletrobras na Câmara dos Deputados.

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"Eletrobras foi um ponto importante pra dizer que existe predisposição do Congresso de aprovar algumas pautas. Não sei se vai aprovar tudo o que o governo quer, mas tem algumas pautas que podem sair", afirmou.

Além disso, corrobora a trajetória benigna a percepção de um efeito negativo menor na economia brasileira da segunda onda de covid-19, apesar da situação sanitária ainda grave.

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A temporada de balanços corporativos do primeiro trimestre mostrou muitos números acima das expectativas, referendando prognóstico positivo sobre a saúde das empresas e da economia.

Mesmo um dos principais focos de atenção dos mercados no mundo, a política monetária do Federal Reserve, respaldou por ora o ambiente elevado de liquidez global, com autoridades norte-americanas reiterando a necessidade de estímulos.

Alguns membros do Federal Reserve, contudo, já começaram a sinalizar algum desconforto e a necessidade de revisão, o que tende a manter viva a discussão sobre quanto da alta da inflação é transitória ou estrutural.

A entrada líquida de recursos estrangeiros no mercado de ações brasileiro em maio, excluindo as ofertas públicas, foi de 10,8 bilhões de reais, conforme dados disponíveis até o dia 27.

Do ponto de vista setorial, bancos responderam por uma relevante contribuição para o desempenho do Ibovespa em maio, com pesos pesados como Itaú Unibanco PN e Bradesco PN acumulando altas de 7,54% e 11,11%, respectivamente.

Destoando, Banco Inter Unit, que estreou no Ibovespa em maio, perdeu 11,53%, sem conseguir reverter as vendas após máximas no dia 3, em meio a anúncios incluindo planos para listar na Nasdaq e acordo com a StoneCo.

Muitos papéis renovaram máximas históricas nesse mês, com Vale, atingindo 120,45 reais antes de passar por uma correção com o ajuste nos preços do minério de ferro na China. Ainda assim, a ação garantiu alta de 5,28% em maio.

Outras siderúrgicas e mineradoras passaram por ajuste mais forte, com Usiminas PNA caindo 11,51%, embora ainda acumule elevação de 36,76% em 2021.

Petrobras PN contabilizou valorização mensal de 13,76%, apoiada na recepção amistosa das declarações e ações do novo comando da estatal. Ainda assim, não recuperou o patamar anterior a ruídos envolvendo sua política de preços.

As altas do Ibovespa em maio foram lideradas pela empresa de geração de energia Eneva ON, com +25,84%, a companhia de alimentos BRF ON, com +23,91%, e a empresa de meios de pagamentos Cielo ON, com +23,15%.

A produtora de papel e celulose Suzano, com perda de 11,56%; o Banco Inter, com declínio de 11,53%; e a siderúrgica Usiminas, com recuo de 11,51%, responderam pelas maiores perdas.

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