Índice Geral de Preços desacelera em novembro, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,28% em novembro, ante elevação de 0,63% em outubro, favorecido pela desaceleração dos preços no atacado, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta sexta-feira (6).

O resultado ficou um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,30% segundo a mediana de 23 projeções, que variaram de 0,18 a 0,63%.

Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,49%, ante 5,46% nos 12 meses até outubro. No acumulado do ano, o IGP-DI subiu 4,80%.

Em novembro, o IPA-DI (Índice de Preços ao Produtor Amplo) avançou 0,12%, após apresentar alta em outubro de 0,71%. O índice calcula as variações de preços de bens agropecuários e industriais nas transações em nível de produtor e responde por 60% do IGP-DI.

Por sua vez, o IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor), registrou alta de 0,68%, ante avanço de 0,55% no mês anterior. O índice mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 30 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.

Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) avançou 0,35% em novembro, após alta de 0,26% em outubro. O índice representa 10% do IGP-DI.

Com a inflação no foco, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu elevar a Selic a 10% na semana passada, e na ata da última reunião repetiu ser "apropriada" a manutenção do ritmo de ajuste monetário "ora em curso", mas ponderou que a transmissão dos efeitos da política monetária "ocorre com defasagens".

Ainda nesta sexta-feira (6) o IBGE divulga os dados sobre o IPCA de novembro.

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O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) e das contas nacionais em geral.