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Indústria brasileira registra recorde de 346 mil empresas e supera índice pré-pandemia

Pesquisa do IBGE mostra crescimento de 12,9% no número de firmas com pelo menos uma pessoa ocupada no setor da indústria

Economia|Clarissa Lemgruber e Jéssica Gotlib, do R7, em Brasília

Indústria brasileira gerou R$ 2,5 trilhões em VTI

A indústria brasileira registrou número recorde de empresas com pelo menos uma pessoa ocupada em 2022: foram 346,1 mil estabelecimentos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse é o maior patamar desde o início da série histórica, em 2007, e um dado 12,9% superior ao ano imediatamente anterior à decretação da pandemia de Covid-19. Em 2019, o país tinha 306,6 mil estabelecimentos do tipo.

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O otimismo também se refletiu na mão-de-obra empregada, que incluiu 8,3 milhões de pessoas em todo o país em 2022. Naquele ano, esses trabalhadores receberam R$ 403,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

Além disso, a indústria brasileira gerou R$ 2,5 trilhões em VTI (valor de transformação industrial). Esse total equivale à diferença entre o bruto da produção industrial, de R$ 6,1 trilhões, e dos custos de operações industriais, R$ 3,6 trilhões.

Produção de alimentos se destaca

O resultado da receita líquida de vendas (valor que entrou no caixa após as deduções necessárias) das empresas brasileiras em 2022 foi de R$ 6,7 trilhões. Desse valor, R$ 6,2 trilhões foram das indústrias de transformação e R$ 436,8 bilhões das indústrias extrativas.


A fabricação de produtos alimentícios teve a maior participação nesse resultado, com 22,5%. Em segundo lugar apareceu a fabricação de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (12,4%).

Na sequência, vieram fabricação de produtos químicos (10,8%), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (7,9%) e extração de petróleo e gás natural (2,4%).


O estudo mostra, ainda, uma manutenção no porte das empresas com maior receita líquida. Ao longo da série histórica, grandes empresas detiveram quase 70% da arrecadação, com 17% para as de médio porte, 8,6% para as de pequeno porte e 5,3% para as microempresas.

O relatório aponta, também, que as empresas com 500 ou mais funcionários têm maior “capacidade de resiliência em períodos de crise”. Isso porque elas foram as únicas a registrar aumento em 2022 quando comparados os resultados com 2019, antes da pandemia causada pelo novo coronavírus. A receita líquida de venda saiu de 67,5% para 69,1%, uma diferença de 1,6 ponto percentual.

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